Reflexão kantiana - Banco de redações

     “Um homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”. A célebre assertiva de Kant mostra o valor das escolas para a formação ética do indivíduo. Nesse cenário, em um país com grande evasão escolar – como o Brasil –, é imprescindível uma reforma no currículo escolar, o qual compõe as matérias estudadas pelos alunos.

     É inegável que, para muitos, o atual currículo não é atraente e não reflete nos interesses e aptidões dos jovens. Dentre vários outros motivos, a evasão escolar ocorre, também, devido à falta de diversificação e de flexibilidade do conteúdo programático. Pesquisas indicam, assim sendo, que cerca de 60% dos cidadãos não completam o ensino básico, e muitos alegam o fato de a escola os preparar apenas para ingressar na faculdade e não para a formação de um caráter crítico, moral e digno.

     Esse currículo, isto posto, não é algo imutável, já que pode passar por modificações de acordo com as necessidades sociais. Uma disciplina de extrema importância, dessa forma, é a educação cívica – retirada criada na Ditadura Militar – para preparar o aluno a viver em sociedade com valores éticos, respeitando o próximo. Em conjunto a isso, o ensino político deveria estar no programa escolar, uma vez que diversas pessoas desconhecem a conjuntura governamental, assim como não sabem todos os seus direitos e deveres, impossibilitando o exercício de uma cidadania plena.

     Percebe-se, portanto, que uma correção no currículo escolar traz benefícios para todo o grupo social. Para ser efetiva, os pais podem participar dando sugestões às escolas de como melhorar o sistema educacional. As escolas, por sua vez, devem adotar a estratégia de disciplinas eletivas – além das obrigatórias – na qual o próprio aluno escolhe sua grade curricular, contribuindo para a flexibilização do ensino. A educação, por fim, assim como referencia o pensamento kantiano, transforma.