Retornando ao Básico - Banco de redações

Professores respeitados e ensino qualificado acessível a todos, características que compõem o discurso de nossos antecessores e da filósofa Marilena Chauí ao descrever os tempos áureos das escolas públicas. Essa retrospectiva difere do quadro atual, caracterizado pela desvalorização da classe docente, baixos índices de leitura e números deploráveis no setor, comparado em comparação a outros países. O modelo educacional brasileiro está em sua pior fase, configura-se em crise.

O conceito de educação está defasado. O ensino privado soluciona o problema aumentando a carga horária, tornando-a cansativa e massificante. O ensino público, por outro lado, (não) traz incentivos para manter os alunos em sala de aula. Resultam do sistema "robôs formatados" ou símbolos da expressão "lei para inglês ver". O significado real da educação remete ao aprendizado sobre o conhecimento de mundo e a ampliação de sensos críticos, nenhum deles parece ser lembrado.

Além disso, as individualidades pessoais devem compor o projeto escolar. Em um contexto de abordagem quanto as às diversidades, torna-se incoerente mensurar a todos com um mesmo padrão. Explorar os pontos fortes e intensificar a multidimensionalidade humana deveriam ser papel da escola. Objetivos que podem ser alcançados através de maciços investimentos na área, fazendo jus às palavras da Constituição.

Os estudantes possuem sua parcela de responsabilidade diante da situação. A cultura do estudo ainda é recente no país, toda a culpabilização do sistema soa desnecessária uma vez que o processo também depende do aluno, (.) parte da função educadora, adquire-se em casa com valores e perspectivas futuras da nação. Aulas que reportem ao conhecimento político e ético contribuem quanto para essa melhora, a exemplo da implementação obrigatória da filosofia e sociologia na grade.

Dessa forma, o modelo de aprendizagem apresenta grandes adversidades. O Estudo deve investir na sua reformulação, onde o Ensino Fundamental esteja voltado a descobrir-se habilidades pessoais, através do desenvolvimento da cidadania e das artes, na medida que o Ensino Médio seja realmente uma preparação individualizada para a universidade e o futuro profissional, retomando a imagem saudosista, como uma realidade às gerações futuras.