A educação escolar ao decorrer da história vem sofrendo mudanças, sendo norteada a oferecer novas áreas do conhecimento no seu currículo. Tais interferências são influenciadas pelo momento sócio-político que uma sociedade possa estar vivendo.
À exemplo da disciplina “Educação moral e cívica”, utilizada nas escolas no período do regime militar brasileiro (1964-1985), muitas disciplinas ao longo do tempo nascem ou são extintas devido às necessidades de cada período. No cenário atual do País, discute-se a possibilidade de abranger o conhecimento escolar em quatro áreas interdisciplinares, objetivadas para a inserção dos estudantes brasileiros na universidade através do ENEM.
A realidade, no entanto, está bem longe desses diálogos. A juventude brasileira, que é formada por 19,6% de jovens que não estudam nem trabalham (alcunhados de “nem-nem”), mostra o ineficaz modelo de ensino operante. Com frequência, jovens questionam o motivo pelo qual são levados a conhecer tantas áreas, sendo que poucas lhe são de interesse para a prática. Todavia, sendo a principal forma de comunicação e a maneira pela qual se lida com dados quantificados, obviamente os estudos da língua e da matemática, respectivamente, não devem ser excluídos das grades curriculares da escola.
As disciplinas aplicadas no Ensino Médio, que são orientadas no sentido de conduzir o aluno ao Ensino Superior não oferecem outra opção a quem tem a preferência pela continuidade dos estudos através dos cursos técnicos. Além de ter que participar das aulas do ensino básico, o estudante que faz esta escolha precisa se dedicar a diversas disciplinas do outro curso vigente, muitas vezes de pouca correlação. Todavia, uma proposta de educação empreendedora tem de ser revista, já que a problemática da geração “nem-nem” consiste no desprover de habilidades de como fazer e exatamente o que com o conhecimento.
A sociedade precisa atentar a à opção de estudo de disciplinas de interesse particular do aluno, além da língua materna e da matemática. É democrático aos estudantes, sem que lhes resulte na exclusão do mercado e do meio social, taxando-os como “nem” sendo o presente “nem” o futuro.
Comentários do corretor
Atenção ao uso da crase.
Bom texto. Aborda o tema de forma clara, objetiva, crítica e coerente.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 9 |
Saiba como é feito a classificação da notas | ||||
0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |