Reforma no currículo escolar: será que isso “vai rolar”? - Banco de redações

O currículo escolar do cidadão brasileiro atualmente compreende uma variedade de matérias diferentes ou semelhantes entre si que auxiliam na formação do sujeito, seja esta formação intelectual, voltada para o conhecimento em si, como também uma formação ética para que o indivíduo possa se adequar às leis, normas e valores presentes na sociedade e que contribuem para um bem-estar bem estar geral. No entanto, muitas autoridades renomadas como políticos e a própria presidente concordam que o excesso de matérias aos quais os jovens e crianças são expostos acaba acarretando um desinteresse por parte do indivíduo em relação à escola e(,) nesse contexto, sugerem que seja feita uma reforma na grade curricular.

Uma reforma exige um planejamento(,) que exige pessoas qualificadas para planejar. Assim sendo, deve-se analisar quais são os prós e os contras desta ideia. O ingresso nas universidades atualmente exige conhecimento de várias áreas que são um agrupamento das matérias que o estudante tem contato ao longo do ensino fundamental ou médio. No entanto, se fosse excluída uma matéria, as próprias universidades iriam ter que reformular seu método de ingresso. Ademais, muitos estudantes escolhem a futura profissão e curso superior com base na percepção de facilidades e dificuldades nas matérias escolares. Mas se for assim, por que tantos jovens ainda não se decidem ao final do ensino médio? Certamente por que porque nem todas todos os conhecimentos estão na grade curricular. Uma das coisas que falta são matérias que descontraiam o jovem, tornando as outras aulas menos cansativas e de melhor rendimento. Atividades artísticas (como música) ou um aumento nas aulas de educação física poderiam ser algo saudável e atrativo para o jovem, sem no entanto, privá-lo do conhecimento de outras matérias puramente teóricas. 

É equivocado dizer que os jovens atualmente não sentem atração pelos estudos. Cada vez mais, com o avanço das tecnologias, surgem novas descobertas e consequentemente os jovens sentem interesse por estes novos conhecimentos porque sabem que serão importantes para o próprio futuro. O jovem hoje se interessa por assuntos polêmicos como política e religião e sabe travar uma discussão saudável com seus pais ou colegas expressando sua opinião com convicção e utilizando uma boa argumentação. Muitos destes conhecimentos são coisas que o indivíduo aprende na escola e usa para formar sua opinião. Matérias como redação, filosofia e sociologia (que muitos afirmam serem desimportantes) contribuem para este pensamento crítico acerca das coisas que estaria em risco. E quanto aos professores que lecionam tais matérias?

Com certeza, a alteração na grade curricular é inviável a curto prazo e se for realmente necessária, deve ser metodicamente estudada. A escola deve incentivar os professores a tornarem as aulas mais dinâmicas e interessantes, tentando demonstrar o quão atrativo é aquilo que os alunos vão aprender. Cabe aos pais também, incentivarem os filhos (a) tomarem gosto pelo aprendizado e propor discussões saudáveis em casa a fim de exercitar os conhecimentos que o filho aprendeu lá. Enfim, o currículo atual atende as necessidades básicas do cidadão e deve-se manter deve ser mantido  como está, uma vez que os reais problemas da educação brasileira não estão realmente nele, mas sim, em fatores pormenores que podem ser facilmente alterados com reuniões e conscientizações, sem comprometer a sabedoria e inteligência da população de estudantes.