A necessidade, ou não, de se criar um órgão de regulamentação da mídia no Brasil é um tema polêmico. A grande dificuldade da proposta em questão está atrelada aos comparativos que muitos fazem relacionando a regulação com a censura e possíveis restrições de certas informações por parte do governo.
Primeiramente, ressalta-se que os contrários à criação de tal órgão regulador alegam que haverá um retrocesso na liberdade de imprensa. Ademais, sustentam que a adoção desse órgão não passa de uma estratégia político-governamental com o objetivo de controlar e manipular os conteúdos publicados visando, com isso, impedir que notícias desfavoráveis aos interesses do governo se tornem públicas. Nesse sentido, alegam que qualquer tentativa de controle dos meios de comunicações midiáticos será inconstitucional, com base em inúmeros dispositivos legais que arrolam ser livre a atividade de comunicação e independentes de censura ou licença prévias.
Por sua vez, aqueles que são adeptos ao projeto de regulamentação, acertadamente defendem a necessidade de regras e meios de controle, como ocorre em todas as demais profissões. Com isso, rebatem a crítica da censura e proclamam que a finalidade única do órgão será a de coibir os abusos de poder de determinados profissionais que se utilizam das mais variadas artimanhas para ter acesso a determinadas informações, impedir possíveis ofensas à intimidade e à vida privada dos cidadãos, bem como assegurar transparência no conteúdo das notícias veiculadas. Além disso, argumentam que após a criação de regras, será mais fácil garantir aos indivíduos que forem lesados o acesso ao direito de resposta proporcional ao agravo, conforme preconizado na própria Constituição Federal.
Nesse contexto, com base nos argumentos ora expostos, pode-se concluir que o ideal para o Brasil será adotar a regulamentação da mídia, desde que tais normas respeitem a livre manifestação da atividade informativa, sem qualquer retaliação ou censura prévias. Afinal, desse modo, haverá maior segurança jurídica à população e ao próprio Estado quanto aos direitos, deveres e limitações dos meios de comunicações.
Comentários do corretor
Ótimo texto! Apresenta bom domínio da norma padrão escrita, com ideias claras, objetivas, bem desenvolvidas, informativas e críticas.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
| Item | Nota | |
| Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
| Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 2.0 |
| Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
| Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 2.0 |
| Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
| NOTA FINAL: | 10 | |
| Saiba como é feito a classificação da notas | ||||
| 0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |