A regulação dos conteúdos veiculados pela mídia já existe em alguns países, como Reino Unido, Alemanha, França e Estados Unidos. No Brasil, o Partido dos Trabalhadores não apenas defende a ideia como já cogita a apresentação de propostas sobre o assunto.
Embora já fosse bandeira do PT, a regulação de conteúdo não foi objetivo da presidente Dilma durante seu primeiro mandato. A divulgação, pela revista Veja, de que Lula e Dilma tinham conhecimento do assalto aos cofres da Petrobras, pouco antes do segundo turno das eleições de 2014, pode ter estimulado Rousseff a tocar alguma iniciativa que implique o controle de conteúdo.
A ideia de que os meios de comunicação são instituições centrais para os regimes democráticos garantiu, através dos Estados, a esses meios o direito à liberdade de imprensa. Todavia, essa mesma ideia fez com que diversos estados defendessem um certo controle sobre o que é divulgado pela mídia, visto que ela exerce enorme poder sobre a opinião pública. O controle do Estado é benéfico até certo ponto: informações falsas e escândalos sensacionalistas, de fato, não deveriam chegar à população.
Para que a intervenção beneficie a população, é necessário que a maioria concorde com quais conteúdos serão vetados e que o controle da mídia seja exercido por um órgão independente. A intervenção estatal na mídia, se feita de modo correto, lesa menos a democracia do que escândalos, inverdades e invasões de privacidade.
Logo, embora a regulação da mídia não seja a medida mais democrática a ser tomada, parece ser necessária, pois abusos de poder ocorreram, ocorrem e continuarão ocorrendo até que algo seja feito. Contanto que as informações a serem vetadas não sejam escolhidas visando favorecer algum partido político ou grupo social, o controle do conteúdo de um órgão tão poderoso e onipresente – principalmente no mundo globalizado – é um projeto de interesse comum.
Comentários do corretor
Ótimo texto! Bem elaborado, com argumentação crítica e bem desenvolvida, além de excelente domínio da norma padrão.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 2.0 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 2.0 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 10 |
Saiba como é feito a classificação da notas | ||||
0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |