Guerra declarada - Banco de redações

Os países do Oriente Médio constituem um dos maiores focos de tensão no mundo, por conta de sua instabilidade política e por serem território de frequentes episódios de violência. Nessa região são encontrados inúmeros grupos terroristas, representantes de diversas facções da religião islâmica. O Estado Islâmico (EI) é um deles e tem obtido atenção do Ocidente pelo seu extremismo e expansionismo cada vez mais avassalador.

A religião pode ser apontada como um fator determinante na criação e expansão de grupos semelhantes ao EI. Tais agrupamentos utilizam sua interpretação particular do Corão, livro sagrado islâmico, como base para disseminar uma verdadeira guerra aos infiéis. Para os muçulmanos, sua religião deve reger a sociedade, através de um conjunto de leis conhecido como Sharia. É pela implantação incondicional desta e pela disseminação do islamismo que tais grupos lutam.

Outra razão que deve ser considerada para o recrudescimento do terrorismo é a ingerência de grandes países, ocidentais e regionais, nestas áreas, tendo como principal ator os EUA. Tais intervenções se dão por interesses majoritariamente econômicos e políticos e ocorrem há tempos. Sendo assim, outra causa defendida por esses grupos reacionários é a guerra ao Ocidente, a qual já teve episódios lamentáveis. Isso gera um ciclo de ataques mútuos e, até o momento, infindáveis. Estes são potencializados por uma enorme diferença cultural, socioeconômica e religiosa.

Além disso, considerável parcela da população desses países sobrevive em condições miseráveis. Com a precariedade de alimentos, saneamento básico, educação, entre outros, os indivíduos não veem alternativa senão acederem ou então serem duramente reprimidos.

Num local já polarizado por disputas em busca da hegemonia regional, um grupo terrorista truculento e regressista tende a agravar a situação. A solução para isso não é simples nem rápida. Diminuir gradualmente a interferência política externa e fornecer auxílio somente humanitário é um bom caminho. Faz-se necessário também que se compreendam as distinções culturais existentes entre tais países e deles em relação ao Ocidente. Assim, buscando uma cooperação mútua ao invés do domínio, é possível que mudanças, ainda que sutis, sejam realizadas.