Durante a Guerra Fria, a intenção dos estadunidenses era barrar o avanço comunista pelo globo. Para isso, financiaram com capital e armas a implantação de ditaduras no Oriente Médio, que só viriam a ruir após a Primavera Árabe. A recente queda dessas ditaduras deixou um vazio no poder, que agora é preenchido pelo extremismo religioso, que se manifesta nas ações odiosas do "Estado Islâmico". Contudo, é um erro pensar que o extremismo religioso é um problema exclusivo dos países de cultura islâmica, pois, até mesmo no Brasil ele se manifesta e precisa ser coibido.
Um exemplo bem claro dessa situação foram as declarações homofóbicas de Levy Fidelix durante um debate presidencial, no qual incitou a população a reprimir o homossexualismo, sugerindo que gays fossem tratados bem longe da sociedade. Ocorre que essas declarações, baseadas em uma interpretação radical da moral religiosa, ferem as bases republicanas, os ideais democráticos e as liberdades individuais de forma muito semelhante à Jihad islâmica, "guerra santa", que luta pela conservação e imposição de princípios religiosos à população.
A dificuldade em combater essas práticas, decorre do fato de elas estarem fundamentadas em dogmas e concepções inabaláveis. Na visão dos extremistas, seus atos são corretos porque se justificam pela fé. A fé dos indivíduos deve ser respeitada, mas a partir do momento que ela passa a intervir no bem estar social, o Estado e as entidades internacionais precisam adotar medidas cabíveis à cada situação.
Nesse sentido, cabe ressaltar que a violência não é o melhor caminho para atingir esses objetivos, mas se, como disse Maquiavel, "os fins justificam os meios", e não há possibilidades de diálogo com extremistas, a força militar deve ser usada como forma de repressão, uma vez que as populações, sejam elas árabes ou ocidentais, não são homogêneas(,) e, definir os rumos da política com base em uma moral religiosa específica prejudica as outras formas de pensamento e expressão cultural.
Portanto, diante da impossibilidade de resolver essas questões pela via diplomática, é preciso usar a força militar para combater o extremismo e evitar que a população tenha seus direitos suprimidos. As formas de extremismo religioso no Brasil também devem ser reprimidas, mas, nesse caso, um simples endurecimento da legislação e a conscientização populacional resolveriam o problema. É preciso, também, incentivar o convívio harmônico, a equidade de direitos e o respeito às diferenças, pois isso é, em suma, o que separa um regime democrático dos tão criticados califados.
Comentários do corretor
Atenção à pontuação.
Bom texto! Aborda o tema proposto de forma clara, objetiva, crítica, com raciocínio bem desenvolvido e com relações coerentes com o ponto de vista defendido.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 2.0 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 9.5 |
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0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |