Um emaranhado de problemas sociais - Banco de redações

Entre os séculos IV e III a.C, em Roma(,) houve graduais eliminações das diferenças sociais entre plebeus e patrícios, com as leis Canuléia e Licínia. Essas, davam maiores direitos e espaço aos plebeus na sociedade, diminuir a desigualdade já existente na época. Mesmo depois de muito tempo, a desigualdade hoje ainda se faz presente. Mas como o governo e a própria sociedade deveriam interferir para que essa diferença social diminuísse? O capitalismo está ligado diretamente a ela? 

​Na década de 40, um décimo da população do Brasil mais rica tinha em mãos quase um terço da renda nacional. Já no inicio do século 20, essa mesma quantidade de pessoas possui quase metade da renda. Mesmo com a adoção de políticas de inclusão social pelo Brasil, o analfabetismo e a distância entre ricos e pobres só aumentou. Logo percebe-se que mesmo com a presença do Estado, a desigualdade é um mal difícil de ser extinto.

Em seu livro “O capital”, Karl Marx critica o acúmulo de riquezas, e defende a ideia de que o proletariado deveria se revoltar com o sistema explorador e desigual: o capitalismo. Este, que diferentemente do socialismo, visa o lucro e não a sociedade primeiramente, é um dos principais, se não o maior causador da diferença social atual. Portanto percebemos que a desigualdade é um vertente inevitável do sistema capitalista de produção.

Uma solução proposta por Barack Obama, presidente dos EUA, foi que a população possuidora de maior parte da renda pagasse 30% dos impostos, enquanto a outra parte pagasse 10% a menos, resolvendo, em parte, os problemas sociais. Como em Roma, e em muitos países contemporâneos, leis foram formuladas e aplicadas, mas não fiscalizadas corretamente, formando, assim, um emaranhado de problemas sociais.Com a aplicação de cotas para estudantes vestibulandos no ano de 2012, o governo deu um passo no caminho contra a desigualdade. E com a população reivindicando nas ruas, como em julho de 2013, por direitos iguais, outro passo foi dado. Percebemos então, que com a interferência ineficaz do Estado,  a própria população se mobiliza para atingir uma sociedade mais igualitária.

Sendo ou não um efeito colateral, a desigualdade continua sendo um desafio para os governantes do mundo inteiro. O futuro de um país só é planejado quando a desigualdade nas condições de vida de uma população não é mais um problema, e lutar contra esta é uma forma de manter a sociedade mais justa e humanizada perante os seus cidadãos.