O paradigma da corrupção - Banco de redações

O sistema político brasileiro está longe de ser um sistema efetivo. Percebemos um quadro de desigualdades, com pessoas jogadas às ruas, educação precária e o descaso com a saúde. Ao mesmo tempo, notamos que há políticos faturando quantias absurdas de dinheiro, que em sua maioria, são obtidos de forma desonesta, refletindo a situação de escassez de uma parcela da população.

            São variadas as formas de corrupção, que se dão desde um suborno até o desvio de verba pública. E a corrupção começa antes mesmo do candidato chegar ao poder: algo notável nas campanhas eleitorais. Existe uma clara “troca de favores”, além da disputa acirrada para ver qual político consegue fazer o melhor marketing pessoal, levando uma parcela da população –desprovida de discernimento- a eleger o candidato que fez a propaganda mais espalhafatosa e com mais promessas, já que quem está pagando valores exorbitantes, possui mais tempo para prometer.

            Um fator contribuinte para a impunidade dos políticos é o atraso dos julgamentos por parte do judiciário, juntamente com as “brechas” no sistema de legislação, que permitem a continuação de seus mandatos, sem correr o risco de irem para a cadeia. Ou seja, além de estarem impunes, ainda possuem julgamento próprio, o que torna todo o processo altamente burocrático, dificultando que medidas eficientes sejam tomadas. Dessa maneira, até chegar o dia em que um desses políticos sejam condenados, muitos terão acumulado capital, além de estarem com o mandato prestes a expirar.

            Notamos que a política no Brasil possui diversas falhas e estas partem de valores individuais. A solução para esses problemas deve ser de todos. Logo, o cidadão precisa colaborar na hora de votar, possuindo retidão no momento de eleger o seu representante. Esse cidadão também pode contribuir não aceitando qualquer tipo de suborno, mantendo assim sua integridade. O Estado pode intervir de forma assídua nas questões políticas e acelerar o processo de condenação dos indivíduos em julgamento, além de remover sua exclusividade. E por fim, investir em educação que –a longo prazo- formará cidadãos mais conscientes.