O homem, desde seus primórdios, sempre se utilizou do exercício da política, nas comunidades tribais, nos feudos, impérios e países. Aristóteles já afirmava ser o indivíduo um animal político: sujeitos que, de forma espontânea, sentem a necessidade de se organizarem socialmente e juntos trabalharem pelo crescimento da comunidade.
Sendo a política uma prática inerente ao ser humano, torna-se difícil afirmar que apenas determinadas pessoas tenham vocação para tal. Em maior ou menor intensidade, todos possuímos esta característica, porque promovemos constantemente propostas de modo a alterar o cenário no qual estamos inseridos, seja no contexto do trabalho, da escola, da família ou algo mais complexo. É natural que criemos ideias que garantam a felicidade de todos à nossa volta.
De forma análoga, a sociedade determina que seja feita a administração de um povo por terceiros. Um dos maiores teóricos do período absolutista, Tomas [Thomas] Hobbes, defendeu que a hierarquia de poderes políticos ocorria pelo "contrato social", em que a própria população designava a um terceiro personagem (o Estado) a responsabilidade de governar e zelar pelo desenvolvimento socioeconômico de um país.É notável que a administração pública, além de intitular-se como questão fundamental para o êxito de um conjunto social, é indispensável, pois sem ele a convivência tornar-se-ia um caos.
O exercício do poder político configura-se então como vocação generalizada e acessível a todos que desejam, de maneira intrínseca aos valores éticos, lutar pela massa, defendendo seus interesses e realizando ações em prol da mesma [sociedade / população].
Contudo, se faz [faz-se] necessário não obstruir os valores envolvidos nessa vocação em troca de prazeres supérfluos. A política feita por profissão não é bem trabalhada, visto que as ações são praticadas em benefício do próprio governante ou de um grupo limitado (exemplificado com maior expoente pela corrupção) e [,] portanto [,] desprende-se do objetivo primário, o bem-estar social, o que infelizmente é visto com certa frequência nos diversos meios de comunicação existentes. A política, a serviço da felicidade geral, é a vocação mais vil que podemos desenvolver. Mantê-la nesse status é dever de todos.
Comentários do corretor
Seu projeto de texto fez considerações válidas em torno da proposta. No entanto, poderia ter melhor problematizado a realidade política proposta na dualidade do recorte temático. No mais, cuidado com trechos contraditórios. A frase destacada no parágrafo está obscura. Você acredita que a política é uma vocação vil e que a sociedade deve mantê-la nesse status? Como assim?
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 1.5 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.0 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 1.5 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 1.0 |
NOTA FINAL: | 6.5 |
Saiba como é feito a classificação da notas | ||||
0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |