A Formação Cívica do Indivíduo. - Banco de redações

Nos últimos meses uma proposta de lei tem ganhado notoriedade na mídia e dividido a opinião dos brasileiros. O projeto recebeu a alcunha de “Lei da Palmada” e propõe a extinções dos castigos físicos impostos pelos pais aos seus filhos, sobre penalidade legal.
Uma vez que o menor não tem os meios necessários para se defender ou denunciar os abusos sofridos, cabe ao governo tomar a iniciativa para defender estes pequenos seres humanos. Foi estimado, pelo IBGE, que cerca de 100 crianças e menores morrem diariamente no Brasil vítimas de maus tratos [maus-tratos] , sendo os pais a maioria dos responsáveis. Estima-se também que cerca de 15% dos menores brasileiros já sofreram ou sofrem algum tipo de violência familiar.

Sabe-se que a violência física e contínua pode exercer conseqüências negativas sobre o caráter do cidadão. Também caracteriza um ciclo vicioso: a criança, vítima de maus tratos, pode se desenvolver em um adulto agressivo, e, futuramente, um pai agressivo. Este fato contribui para a formação de uma sociedade pautada no ódio, incapaz de resolver desavenças de forma democrática e pacífica.
Conclui-se que “Lei da Palmada” é de premente relevância no cenário atual. A proposta em questão não visa apenas o bem imediato do menor, mas também sua condição psicológica futura.

Existem outras formas de se educar os jovens sem recorrer a violência, como é o caso do diálogo, que propicia a aproximação de ambos os lados. Evidentemente, é indispensável utilizar-se o bom senso para, por exemplo, permitir diferenciar o que seria um reles empurrãozinho de repreensão de um atentado a integridade física da criança.