Marcas do amor. - Banco de redações


Lei da Palmada: O contraponto entre a violência e a educação dos pais

Enviada em: 20/02/2012

Status:

Corrigida
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Quando uma criança faz algo errado sabendo ou não que não devia fazê-lo, é muito comum que, na maioria dos lares, se corrija o erro com tapas, palmadas, beliscões e, às vezes, agressões muito mais graves. Prática essa que, ao passar do tempo, ganhou feições culturais. Não é difícil conhecermos alguém que tenha apanhado, quando criança, em virtude de uma reinação ou de uma birra ou ainda aqueles que, mesmo à custo de tantas pancadas, continuavam a aprontar coisas terríveis.

Ofender a integridade corporal ou saúde de alguém é tipificado no código penal brasileiro como lesão corporal e constitui crime, entretanto, convencionou-se socialmente que pais que agridem filhos objetivando educá-los não estão incorrendo em nenhum erro digno de ser julgado em um tribunal e os que não o fazem, ainda são considerados omissos por alguns e condenados a, no futuro, verem seus filhos mal encaminhados na vida por conta das surras que deixaram de tomar. E a cultura da palmada está tão arraigada entre as famílias brasileiras que o projeto de lei 2654/03 é mais que pertinente, pois, para conscientizar pais e mães de que há outros meios muito mais eficazes e não traumáticos de corrigir um erro demandaria tanto tempo quanto o que levamos sendo autores, testemunhas e vítimas de agressões. Então, nada melhor que um instrumento legal para frear esse descontrole.

Não há qualquer comprovação de que castigos corporais sejam métodos eficientes para educar alguém, nem podem ser, pois ao submetermos uma criança a um trauma como esse, estamos provando nossa covardia, pois é muito fácil para uma pessoa bem maior partir para espancar outra menor que não possui meios para se defender, além do que, salvo bárbaras exceções, em nossa vida em sociedade não esbofeteamos o cobrador do ônibus se ele nos passar o troco errado, ou tiramos o cinto das calças se um motorista parar em cima da faixa de pedestres porque, certamente, isso nos trará consequências legais.

A melhor maneira de conduzir nossos filhos pelos caminhos dos bons valores morais é demonstrando que para cada erro existe uma consequência, que se eles não cumprirem as regras estabelecidas pela família, também não conquistarão seus objetos de desejo. Afinal, educar deriva de outra palavra em latim “educare”, que significa deixar uma marca em quem aprende, mas, em absoluto, essa marca deve ser física, pelo contrário, são os exemplos que os pais dão aos filhos que os nortearão ao longo da vida.

Comentários do corretor


Você apresentou suas ideias em relação ao tema proposto. Todavia, cuidado com períodos longos para não prejudicar a construção de sentido de seu texto. No mais, faltou uma argumentação embasada em fatos, dados, exemplos, comparações, contraposições, retrospectivas históricas etc., que enriquecesse sua produção e para dar força a sua argumentação.


Competências avaliadas


Item Nota
Conteúdo Avalia se o texto corresponde às expectativas geradas pela proposta do tema. Assim como no vestibular, aqui a redação que fugir ao tema proposto será anulada 1.5
Estrutura do texto Avalia se o usuário consegue fazer uma boa utilização dos parágrafos e dos demais recursos de construção de texto 1.5
Estrutura de ideias Avalia se o usuário consegue organizar seu pensamento de forma a defender seu ponto de vista e permitir ao leitor a compreensão de seu texto 1.5
Vocabulário Avalia se o usuário consegue evitar a repetição de palavras durante o texto e compreendê-las, utilizando-as corretamente no que tange ao seu significado 1.5
Gramática e ortografia Avalia se o usuário escreve de acordo com as normas ortográficas vigentes no país. 1.5
NOTA FINAL: 7.5


Saiba como é feito a classificação da notas
0.0 - Ruim 0.5 - Fraco 1.0 - Bom 1.5 - Muito bom 2.0 - Excelente