Entre o diálogo e as palmadas
A relação entre pais e filhos sempre foi motivo de discussão. Atualmente, o assunto em pauta que tem trazido muitas discordâncias, é a questão da palmada. Há quem a defenda, há quem ache totalmente desnecessário, e ainda há quem pense que esse assunto deve ser decidido particularmente pelos pais, sem a interferência de outros.
É nesse contexto que discute-se a possibilidade de criar uma lei que proíba a palmada. Baseados nos casos em que, passando dos limites, os pais colocam os filhos em situações humilhantes, ou chegam a maltratá-los a ponto de causar danos físicos, cogita-se proibir tais atitudes considerando-as inflação da lei.
Por outro lado, não há como definir um limite entre até que ponto a palmada é prejudicial, e até que ponto ela é um instrumento efetivo para a educação das crianças. Sendo assim, fica difícil fazer com a lei seja efetivamente justa, à prova de erros e acusações infundadas. Também existe a questão do diálogo, sendo esse muito mais eficaz na educação de crianças, do que a palmada, que muitas vezes, só causa medo.
O fato, [sem vírgula] é que bater nas crianças não é garantia de que futuramente elas serão pessoas de boa índole, e o diálogo, que é sempre a melhor resposta, também não exclui a possibilidade de que futuramente a criança tenha uma má conduta.
Embora seja radical demais proibir as palmadas. [vírgula] Ainda assim, não podemos deixar impunes os pais que justificam na educação um motivo para maltratar os filhos. Uma lei deve ser criada, mas ela deve ser mais abrangente. Não é simplesmente proibindo as palmadas que os problemas vão se resolver.
Também não adianta obrigar os pais a dialogar com os filhos, quando eles vão fazer isso de maneira errada. No fim, tanto a criança que apanhou, quanto a que foi instruída incorretamente serão prejudicadas. Além da lei que imporá limites na agressão física às crianças, é necessário que os pais tenham consciência de como lidar com os filhos, sabendo impor limites, explicando-lhes o porquê de certas proibições e muitas outras coisas.
Por fim, vê-se que criar uma lei somente com o intuito de reprimir os pais, não é uma solução efetiva. É preciso também que os pais se conscientizem sobre a responsabilidade que é criar criança, e usando o bom senso, definam a melhor maneira de fazer isso.
Comentários do corretor
Você apresentou suas ideias em relação ao tema proposto. No entanto, sua argumentação é inconclusiva, pois não há uma posição clara que discuta os problemas relacionados à criação da Lei da Palmada ou seus benefícios. Além disso, é preciso se levar em conta que a Lei já foi aprovada, logo é preciso se posicionar sobre um fato e não uma possibilidade ( a questão foi tratada como possibilidade no segundo parágrafo).
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Competências avaliadas
Item | Nota | |
Conteúdo | Avalia se o texto corresponde às expectativas geradas pela proposta do tema. Assim como no vestibular, aqui a redação que fugir ao tema proposto será anulada | 1.5 |
Estrutura do texto | Avalia se o usuário consegue fazer uma boa utilização dos parágrafos e dos demais recursos de construção de texto | 1.5 |
Estrutura de ideias | Avalia se o usuário consegue organizar seu pensamento de forma a defender seu ponto de vista e permitir ao leitor a compreensão de seu texto | 1 |
Vocabulário | Avalia se o usuário consegue evitar a repetição de palavras durante o texto e compreendê-las, utilizando-as corretamente no que tange ao seu significado | 1.5 |
Gramática e ortografia | Avalia se o usuário escreve de acordo com as normas ortográficas vigentes no país. | 1.5 |
NOTA FINAL: | 7 |
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