debate, impactos, mudança climática, brasileiros - Banco de redações

A série "Aruanas", produzida pela Rede Globo, apresenta o contexto de luta de mulheres ativistas em combate à exploração da Amazônia, ao levar em conta os impactos que os desmatamentos naquela área provocam no clima de um município dos arredores. Nessa abordagem, a temática da importância do debate acerca dos desencadeamentos das mudanças climáticas e as violações do direito constitucional dos brasileiros ao meio ambiente equilibrado emerge. Diante disso, duas questões relevantes podem ser observadas: a abstenção dos exploradores diante das consequências que são conhecidas pelos humanos e a ineficácia da máquina pública para garantir à população o direito a um contexto ecologicamente equilibrado. (Formulou a tese)

Nesse viés, é relevante abordar o fato de que os impactos das mudanças climáticas são conhecidos pelos que praticam ações como o desmatamento não sustentável. Sob essa ótica, o filósofo Immanuel Kant afirma que o homem é detentor do livre arbítrio e que, por isso, deve arcar com as consequências dele. Nesse sentido, uma vez que o homem conhece o que a intervenção descontrolada no meio ambiente pode provocar e mesmo assim decide poluir rios, esgotar mananciais ou emitir milhares de toneladas de carbono, ele assume as responsabilidades (ou deveria) das catástrofes oriundas das mudanças climáticas que surgem de seu ato. No entanto, esses resultados são ignorados e tragédias como as enchentes do Sul do país se originam, devido a desequilíbrios em fenômenos como o de Rios Voadores. Dessa maneira, como consequência, direitos básicos da população são violados, entre eles o de gozar da natureza harmoniosa, já que grupos de humanos que explora a natureza não assume os desencadeamentos do livre arbítrio que Kant tratou. (Delimite as discussões)

(Boa estratégia coesiva) Ademais, a ineficácia do poder público em atos de fiscalização e combate de explorações de recursos que virão a violar a asseguração constitucional do meio ambiente equilibrado também é de relevante abordagem. Sobre isso, segundo a teoria contratualista, o filósofo John Locke afirma que é dever do Estado proporcionar bem-estar à população, já que ela subsidia esse ato através do pagamento de impostos. Sob esse prisma, uma vez que o setor de segurança ambiental está sucateado e carece de abertura de concursos públicos, por exemplo, toda a preservação natural se vê ameaçada, inclusive dos rios, que podem vir a ditar mudanças climáticas de determinadas regiões. Esse sucateamento se deve à falta de repasses financeiros que cubram a totalidade dos gastos do âmbito preservacionista do país. Dessa forma, uma vez que os órgãos responsáveis não contam com o número de funcionários suficiente, nem todas as abordagens de exploradores conseguem ser realizadas e desordens no clima podem ser originadas do uso indiscriminado de recursos de um manancial (Apresente dados), por exemplo, que pode afetar a evaporação e, assim, causar secas e o não cumprimento do contrato social de Locke. (Delimite as discussões)

(Boa estratégia coesiva) Urge, portanto, estabelecer caminhos que tratem da importância do debate sobre o impacto das mudanças climáticas nos direitos básicos dos brasileiros. Para isso, cabe ao Ministério do Meio Ambiente - órgão que gere a exploração de recursos naturais - criar campanhas de conscientização para os que realizam essas explorações, por meio de rodas de conversa em associações agroexploradoras, com o fito de introduzir-lhes a sustentabilidade e mostrar que é necessário lidar com o que o livre arbítrio humano provoca, como aponta Kant. Ademais, cabe ao Ministério da Inovação e da Gestão em Serviços Públicos - enquanto mediador de contratações de servidores - trabalhar no aumento da capilaridade da Guarda Ambiental, mediante a criação de concursos públicos, com a finalidade de atender todas as demandas preservacionistas e evitar que mudanças no climas se originem. Assim, será cumprido o Contrato Social de Locke. Desse modo, o brasileiro gozará de seu direito básico de um meio ambiente sem desequilíbrios climáticos, exatamente o que as ativistas de "Aruanas" defendiam.