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Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, “nenhuma sociedade que esquece a arte de questionar pode esperar encontrar respostas para os problemas que a afligem”. A partir dessa máxima, contextualiza-se a necessidade de não negligenciar a importância do debate sobre o impacto das mudanças climáticas nos direitos básicos dos brasileiros, visto que, no raciocínio do autor, as questões precisam ser discutidas com o objetivo de buscar soluções. Sendo assim, torna-se imprescindível analisar as causas e as consequências do tema, considerando o regente sistema econômico e a omissão social, visando lidar com essa nefasta realidade. (Formulou a tese)

Primordialmente, deve-se ressaltar a relação entre o sistema capitalista e a problemática. Nesse viés, consoante a tese do sociólogo Karl Marx, os donos de produção, no capitalismo, sempre priorizam os lucros e suas posses acima de tudo, ignorando aspectos humanos. Sob tal ótica, em um contexto em que proteger os direitos humanos durante desastres ambientais não gera lucros e/ou nem minimiza os prejuízos sofridos pela empresa na catástrofe, esse é inviabilizado e negado, não obtendo nenhuma resposta eficaz ao sofrimento das vítimas. Desse modo, faz-se inerente a relação entre o sistema econômico e a temática. 

(Boa estratégia coesiva) Ademais, é válido salientar a omissão social dessa realidade. Sob esse viés, a filósofa Hanna Arendt defende, em sua teoria da “Banalidade do Mal”, que a sociedade se cala perante determinados problemas sociais, naturalizando situações contundentes. Nesse âmbito, é notória a relação entre o pensamento de Arendt e a situação, uma vez que parte da população ainda acredita que os impactos das mudanças climáticas alteram apenas características ambientais distantes, ignorando e rotulando crises como “acontecimentos normais”, gerando trivialização em relação ao sofrimento das vítimas desses desastres. Logo, há pouca pressão social no governo para mudança desse paradigma e, conforme afirmado por Arendt, há a banalização do mal sofrido por esses cidadãos. 

(Boa estratégia coesiva) Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Para isso, a mídia, instrumento de ampla comunicação, por intermédio de programas televisivos de grande audiência, deve discutir o assunto com profissionais qualificados na área ambiental, objetivando informar a população geral sobre seus impactos e, no caso de haver algum desastre acontecendo, como doar e ajudar as pessoas que estão sofrendo com isso. Paralelamente, o governo deve criar e aprovar um projeto de lei que impõe a empresas de grandes portes a priorização da segurança de seus funcionários e contribuintes no caso de alguma calamidade a todo custo, priorizando seus direitos básicos acima de tudo sempre. Assim, questionamos e caminhamos para uma melhor versão da sociedade, seguindo o pensamento de Bauman. (Proposta completa)