Não apenas um debate ambiental, como também um social - Banco de redações

O Capitaloceno, uma proposta de uma nova era geológica, apresenta a destruição da natureza não como fruto das ações humanas em si, mas do capitalismo que as determina. Nesse viés, percebe-se que a busca por lucro permeia tanto as relações entre homens, como também a interação do homem com o ambiente, em uma realidade em que pobres, por mais que exerçam uma menor pressão sobre a natureza, encontram-se mais suscetíveis aos impactos das mudanças climáticas. Assim, as alterações do clima do planeta se tornam ainda mais prejudiciais em razão da desigualdade social, haja vista a procura incessante por dinheiro, o que dificulta a garantia dos direitos essenciais à população menos abastada, demandando maior debate acerca do problema. (Delimite as discussões iniciais)

Sob essa perspectiva, o desejo contínua por lucro provoca a amplificação da concentração de renda, cujas implicações sociais estimulam uma discrepância no que diz respeito aos efeitos das mudanças climáticas sentidos pelas diferentes camadas da sociedade. Destarte, segundo Francis Bacon, filósofo francês, "o homem deve imperar sobre o meio, moldando-o a sua vontade", ou seja, a conservação de uma mentalidade predatória justifica a destruição da natureza, mesmo que, durante o processo, seja necessário o prejuízo de indivíduos mais pobres, caracterizados como obstáculos, por serem incapazes de exercerem o direito natural do homem sobre o meio ambiente. Logo, é nítida a influência da desigualdade social não apenas nas relações humanas, mas também nas ações antrópicas sobre o clima. (Delimite)

(Boa estratégia coesiva) Outrossim, o não cumprimento daquilo que é garantido pela Constituição (Seja mais específico) decorre dos impactos da acumulação de capital em relação às mudanças climáticas. Ademais, para José Murilo de Carvalho, sociólogo brasileiro, ocorre no Brasil contemporâneo, (Sem vírgula) uma "cidadania operária, calcada na idealização da camada mais vulnerável como mão de obra barata. Por conseguinte, não se faz necessários esforços para a proteção da parte mais pobre da sociedade contra as alterações o clima, pois, enquanto força de trabalho abundante e substituível, ela se caracteriza como insignificante na comparação com o lucro decorrente da destruição da natureza. Dessa forma, é clara a interferência da desigualdade social na não garantia de direitos básicos a certa parte da sociedade, uma vez que catástrofes relacionada ao clima afetam, principalmente, os menos favorecidos, muitos dos quais perdem a própria moradia. (Delimite as discussões)

​​​​​​​(Boa estratégia coesiva) Portanto, vislumbra-se a urgência de medidas para a resolução da conjuntura. Para tanto, urge que o Ministério da Cidadania, órgão responsável pelo cumprimento da Constituição, promova, por meio de campanhas de conscientização disseminadas nos principais meios de comunicação do país, o alerta sobre a importância do combate às mudanças climáticas, com o devido ênfase às diferenças dos impactos sentidos pelas camadas mais pobre e mais rica, a fim de possibilitar o engajamento e debate acerca das responsabilidades ambientais. Por essa tratativa, os direitos básicos não se tornarão ainda mais um privilégio.​​​​​​​ (Proposta completa)