[Sem título] - Banco de redações

A violência que se estende no âmbito escolar mediante intimidação sistemática, o bullying, configura-se como uma fração das variadas expressões de violência que florescem na sociedade contemporânea. Não obstante, o bullying provoca dissidências no que refere-se a sua categorização como forma de violência, o que pode conduzir à trivialização do problema e contribuir para com sua perpetuação. (Formule a tese)

Defronte dos resultados apresentados por uma pesquisa do Data Senado, realizada em 2023, a qual evidencia que o bullying não é assimilado como um tipo de agressão por pessoas com 60 anos ou mais, e da criminalização significativamente recente da prática, infere-se que seja pertinente o combate à banalização do mal que incide sobre o problema. (Melhore a apresentação da discussão)

​​​​​​(Boa estratégia coesiva) Consoante a definição da filosofa alemã Hannah Arendt, a banalização do mal é um efeito de indiferença ou conformidade massiva diante uma conduta perversa incitado pela sua reprodução sistemática. O bullying é uma prática não só sistematizada pelos alunos, como por vezes é formalizada pelas instituições de ensino e equipes pedagógicas. O longa de Damien Chazelle, Whiplash, apresenta uma demonstração de como a intimidação sistemática é reproduzida pelo próprio corpo docente ao abordar a maneira através da qual um professor abusa psicologicamente de seus alunos sob o pretexto de crescimento acadêmico, induzindo-os ao desgaste emocional e até mesmo ao suicídio.

​​​​​​(Boa estratégia coesiva) Destarte, verifica-se urgência de que o assédio contínuo e organizado que se desenrola no contexto escolar seja precisamente reconhecido como forma de violência para que possa, finalmente, ser abordado com a severidade apropriada. É indispensável, portanto, a cooperação entre as instituições de ensino e equipes de estatísticos e psicólogos, uma vez que os últimos possam, respectivamente, reunir e relacionar dados respeitáveis sobre os casos de bullying, e instruir o corpo docente a proceder de maneira compassiva para com os alunos, velando, a longo prazo, a integridade emocional daqueles. A cooperação deve ser atingida através de esforços do Ministério da Educação de contratar mediante concursos públicos os profissionais favoráveis. (Proposta completa)