“Uma das coisas mais importantes da não violência é que não busca destruir a pessoa, mas transformá-la.” A frase do afro-americano Martin Luther King – ativista que lutou pelos direitos civis dos negros – fomenta uma alusão à conduta da não violência como ferramenta que transforma a vida dos indivíduos, porém, nota-se que esse pensamento é escassamente meditado pela sociedade atual. Paralelamente, as escolas, que outrora eram conhecidas como um lugar de acolho e respeito, poderiam priorizar medidas que promovam a “não violência”? Por isso, é vital discursar acerca da carência das escolas brasileiras no que tange a gradativa prática de violência reforçada pela manifestação de atos de aversão como o bullying. Com efeito, desafios como a gestão deficiente das instituições e a ausência do apoio das redes midiáticas corroboram para esse cenário de insegurança. (Delimite as discussões iniciais)
É relevante abordar, sobretudo, que o papel das instituições no Brasil é essencial no combate à violência. Segundo o filósofo Paulo Freire, “se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. À luz disso, a coordenação escolar necessita fazer bom uso dos recursos educacionais com o fito de viabilizar um ambiente que abrace a não violência e o respeito, isto é, professores preparar aulas pautando a aplicação de expectativas de convivência e a importância da denúncia. Percebe-se, todavia, que esta contribuição não é efetivamente exercida, visto que casos de atos de violência cresceu cerca de 50% nas escolas entre 2022 e 2023 (Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania). Avalia-se, pois, que a atuação das diretorias escolares é inata, já que as mesmas carecem coibir a omissão relativa às ocorrências de bullying e, inclusive, providenciar medidas eficazes para o melhoramento da segurança em seus ambientes de ensino visando erradicar este crescente índice.
(Boa estratégia coesiva) Seguindo esta lógica, vale salientar, ainda, a ação das redes midiáticas no que concerne a promoção de apoio às famílias das vítimas de bullying nas escolas. Os noticiários da mídia, de fato, devem alertar a população e especialmente os pais dos alunos, os quais precisam dialogar com seus filhos sobre a situação de convivência na escola, e atentar-se aos sinais – físicos e psicológicos – que eles demostram fora do recinto escolar. Desse modo, pode-se perceber que, quando as famílias são caladas pela omissão das escolas e da sociedade, a mídia torna-se uma porta-voz com seus mecanismos de capitação de vídeos e imagens como evidência a respeito do perigo da prática do bullying aderente ao âmbito colegial.
(Boa estratégia coesiva) Em suma, é emergencial haver medidas que tratem veementemente este problema. Destarte, cabe às instituições, junto à Secretaria da Segurança e da Educação, mediante o sancionamento de políticas, qualificar o sistema de segurança, além de realizar campanhas de solidariedade às vítimas, e ministrar palestras de incentivo à denúncia e à não violência durante o ano letivo com o objetivo de sensibilizar os alunos da rede de ensino. Ademais, é mister os órgãos midiáticos centralizarem análises eficientes referentes aos relatos de agressão, partilhar matérias de conscientização e demandar a colaboração das diretorias escolares. Assim, conforme Martin, haverá a certeza que seu pensamento não está “morto”, e seu discurso sobre a não violência continua vivo nos dias atuais. (Proposta completa)
Comentários do corretor
Lembre-se: há um limite de 30 linhas para desenvolver as discussões. Mantenha os aspectos positivos. Não deixe de exercitar a sua escrita.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 160 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 160 | Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 120 | Nível 3 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 200 | Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 840 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |