Os estigmas escolares - Banco de redações

"13 Reasons Why", seriado da televisão americana, expõe a vida escolar do personagem Tyler que passava por agressões verbais e físicas na escola, o que deixou o personagem abalado psicologicamente e com comportamento violento. De maneira análoga, na realidade contemporânea a comunidade escolar passa por transtornos em decorrência do bullying, o que torna o ambiente desfavorável para os alunos, com falta de apoio social. Nesse viés, torna-se crucial analisar as causas desse revés, dentre as quais se destacam a esfera governamental e social. (Muito bem. Formulou a tese)

Em primeira análise, a negligência governamental impulsiona o bullying nas escolas. Nessa perspectiva, a ausência de projetos estatais que priorizem a assistência aos alunos vítimas desse estigma contribui para a reverberação desse cenário. Além disso, a falta de campanhas de conscientização propagada pelos órgãos estaduais e municipais retroage o comportamento da vítima em denunciar a violência. De acordo com a Constituição federal de 1988, ordenamento jurídico brasileiro, todo cidadão tem o direito ao acesso à assistência à saúde e à segurança. No entanto, essa prerrogativa não tem sido concretizada pela ausência de subsídios governamental para o suporte ao aluno que padece ao bullying. Diante disso, faz-se necessária a reformulação dessa postura estatal com o intuito que esse cenário não continue a perdurar. 

​​​​​​(Boa estratégia coesiva) Ademais, é imperativo pontuar que o setor social impacta diretamente nas agressões no ambiente escolar. Tendo em vista a falta de estímulos e orientações aos parentes e amigos para denunciar situações de agressões físicas e psicológicas em instituições de ensino, assim como, (Sem vírgula) o professor observar com mais atenção se há dentro da sala de aula esse tipo de situação. De acordo com o sociólogo Pierre Bourdieu, em sua obra “Habitus”, diz que a sociedade possui padrões impostos, naturalizados e reproduzidos por gerações. Por conseguinte, esses padrões naturalizados são vistos como uma “brincadeira” não levando em considerações os impactos físicos e psicológicos em torno do aluno. Com efeito, a vitima fica à margem das relações sociais pela prevalência da falta de apoio social. Logo, é inadmissível que esse quadro perpetue durante o século XXI.

​​​​​​(Boa estratégia coesiva) Portanto, dadas as questões anteriormente problematizadas, são necessárias medidas para combater a persistência do bullying nas escolas. Por sua vez, o Estado – principal promotor de regularidade social - deve promover orientação e a discussão desse tema nas instituições educacionais com vigor, tendo como objetivo oferecer colaboração social para as vítimas de bullying. Por fim, cabe às organizações não-governamentais e âmbitos midiáticos – instrumento de ampla abertura - a fiscalização destas políticas e a realização de medidas que as auxiliem, por intermédio de campanhas e publicidade. Assim, a partir dessas medidas os alunos agredidos sejam incentivados com apoio a denunciar tal situação, o contrário do que é visto na série 13 Reasons Why. (Proposta completa)