[Sem título] - Banco de redações

Na música "Imagine", de John Lennon, é retratada uma sociedade que se une, apesar das diferenças culturais, a fim de alcançar a felicidade. Assim como na obra, fora da canção, a harmonia social é imprescindível para o desenvolvimento de uma nação. Contudo, no Brasil, desafios como a falha governamental, somada ao erro da falta de empatia, contribuem de modo significativo para a prática persistente do bullying nas escolas, impedindo a concretização dessa união. Desse modo, torna-se fundamental a atuação do Estado para solucionar esse óbice. (Muito bem. Apresentou a tese)

Diante disso, é válido analisar, primeiramente, a improficuidade estatal perante o cumprimento dos benefícios normativos. Nesse sentido, segundo a Constituição federal de 1988, todo cidadão brasileiro possui o direito à educação, cabendo ao Estado a sua efetivação no corpo social. Todavia, percebe-se, na realidade, que esse preceito não é difundido por completo, haja vista que, em virtude da escassa mobilização governamental referente à promoção de campanhas educacionais sobre a prática persistente do bullying nas escolas brasileiras, diversas pessoas desconhecem a importância de tais campanhas para o combate dessa problemática, a exemplo da prevenção de atos violentos, o que contribui para a persistência do bullying (Melhore a apresentação da discussão). Logo, conclui-se que autoridades públicas devem promover ações sensibilizadoras para reverter essa conjuntura.

(Boa estratégia coesiva) Ademais, é imperioso postular como a perpetuação desse problema é fortalecida pelos ideais narcisistas valorizados hodiernamente, os quais, muitas vezes, desvalorizam o diferente. Segundo o filósofo Byung Chul-Han, o século XXI é dominado por uma sociedade do desempenho, na qual a individualidade é extremada em detrimento do altruísmo. Nesse panorama, o indivíduo, imerso em si mesmo, não consegue enxergar e aceitar a pluralidade de seres humanos que o circundam, fato que contribui de maneira significativa para a persistente prática do bullying nas escolas brasileiras. Dessa forma, o cidadão brasileiro, inserido nessa lógica, oculta o bullying e classifica-o como sem importância, reforçando estigmas danosos.

​​​​​​​(Boa estratégia coesiva) Frente a tal problemática, faz-se urgente, pois, que o Ministério Público, cujo dever, conforme o artigo 127 da Constituição cidadã, é garantir a ordem jurídica e a defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis, cobre do Estado ações concretas a fim de combater a prática persistente do bullying nas escolas do Brasil. Entre essas ações, deve-se incluir parcerias com as plataformas midiáticas, nas quais propagandas de apelo emocional, mediante depoimentos de estudantes que sofrem esse estigma, deverão conscientizar a população acerca da importância do respeito mútuo. Além disso, é preciso haver mudanças escolares, baseadas no fomento à empatia, por meio de debates abertos sobre temas relacionados ao bullying. Somente assim, os estudantes serão valorizados e a harmonia cantada por Lennon se concretizará no Brasil. ​​​​​​​(Proposta completa)