A Mentalidade Social e o Empreendedorismo Feminino: Oportunidades Limitadas - Banco de redações

Chimamanda Adichie defende que a mudança do “status quo” – o estado das coisas – é sempre penosa. Nessa perspectiva, percebe-se tal dificuldade de mudança na questão das mulheres empreendedoras, que, devido à carência de funcionários, gerem, sozinhas, suas empresas, forçando-as a executarem, ao mesmo tempo, tarefas externas à sua vida profissional, como os afazeres do lar, e atividades relacionadas ao âmbito empresarial – infelizmente, esse triste cenário diminui suas oportunidades no mercado de trabalho. Então, deve-se traçar estratégias a partir da atuação nas causas do problema: a influência da mentalidade social e o silenciamento midiático. (Melhore a contextualização e formule a tese)

Sob esse viés, pode-se apontar como um fator determinante o pensamento da sociedade. Durkheim postula que os “fatos sociais” – crenças compartilhadas pelo coletivo – influenciam o comportamento do indivíduo. Nessa lógica, é nítida a manutenção desses fatos na situação atual das empreendedoras, uma vez que existe a crença de que atividades de liderança não são destinadas às mulheres, mas sim aos homens – isso, de fato, mostra-se arraigado na mentalidade de muitas pessoas. Dessa forma, tal crença social influencia, como defendeu o filósofo, o comportamento dos trabalhadores que buscam ser contratados pelas empresas no mercado de ofício, os quais, geralmente, optam por trabalhar nas que são gerenciadas pelos cidadãos do sexo masculino, porque acreditam que as empresárias não são qualificadamente capazes de exercer essa função. Lamentavelmente, esse panorama torna-se um desafio a ser enfrentado pelas mulheres que lutam pela valorização do seu espaço no meio laboral, limitando suas oportunidades de avançar profissionalmente, haja vista que isso gera a escassez de funcionários nas suas corporações, obrigando-as a executar múltiplas tarefas, como citado anteriormente. (Delimite a discussão)

(Boa estratégia coesiva) Além disso, vale ressaltar que o silenciamento por parte dos meios de comunicação é um desafio presente no revés. Segundo Djamila Ribeiro, é preciso tirar uma situação da invisibilidade para que soluções sejam promovidas. Entretanto, há uma falta de debate instaurada no empreendedorismo feminino, já que as mídias, como a Rede Globo e o Facebook, eventualmente, não se preocupam em apresentar para a população a necessidade de valorizar o trabalho realizado pelas mulheres empresárias e, também, não tratam de discutir que a já abordada mentalidade social é um fator que ameaça o desenvolvimento profissional dessas pessoas. Consequentemente, essas empreendedoras perdem sua voz na luta por um mercado de trabalho mais justo e igualitário, permitindo que suas oportunidades na esfera laboral sejam cada vez mais reduzidas. Logo, tirar essa situação da invisibilidade em que ela se encontra, como sugeriu Djamila, é alvo de maior atenção. (Delimite a discussão)

(Boa estratégia coesiva) Portanto, é urgente uma solução pontual. Para isso, a Rede Globo deve criar um documentário chamado “A Mentalidade Social e o Empreendedorismo Feminino: Oportunidades Limitadas”, por meio de entrevistas com empresárias e com sociólogos especialistas no comportamento da sociedade, a fim de reverter a mentalidade coletiva presente no problema e de mitigar a carência de debate que impera, aumentando as oportunidades das mulheres empreendedoras no mercado de trabalho. Tal ação pode, ainda, ser divulgada nas redes sociais, para alcançar mais pessoas. Assim, será possível mudar o estado das coisas, mesmo que, como defendeu Chimamanda, de forma penosa.