A beleza utopica - Banco de redações

Meninas malvadas, filme norte-americano, retrata a vida de Regina George e suas amigas que buscam sempre a “perfeição” corporal, com auto julgamentos sobre suas próprias aparências, além de consumirem uma alimentação limitada. De maneira análoga, fora da ficção esse cenário de ditadura da beleza, (Sem vírgula) impacta diretamente a saúde física e mental das mulheres que buscam incessantemente a “perfeição”, comumente realizada com alimentação regrada e outros métodos que podem ser considerados arriscados. Nesse viés, torna-se necessário analisar as causas desse revés, dentre as quais se destacam as esferas midiáticas e histórico-culturais. 

Em primeira análise, é valido pontuar que o setor midiático impacta negativamente na saúde da mulher, quando determina um padrão inalcançável. Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, que descreve a teoria da modernidade liquida, há uma busca pelo padrão de beleza idealizado pela sociedade, causando uma procura inalcançável, já que em nossa realidade tudo está em constante mudança. Desse modo, é notório que essa mudança surge de acordo com a exposição de um modismo pela mídia, que sempre impõe na sociedade a suas convenções para promover marcas e o consumismo exacerbado. Esse paradigma conceitua o que é considerado belo e atraente, sem levar em consideração os impactos causados na sociedade, entre eles, cirurgias incontáveis, procedimentos estéticos e distúrbios alimentares. Esse cenário, (Sem vírgula) favorece a transgressão das relações sociais disseminando um corpo utópico.

(Boa estratégia coesiva) Ademais, é imperativo ressaltar que a esfera histórico-cultural está diretamente relacionada a ditadura da beleza. De acordo com o sociólogo Pierre Bourdieu, em sua obra "Habitus", diz que a sociedade possui padrões impostos, naturalizados e reproduzidos por gerações. Por conseguinte, esse padrão transcendeu para as futuras gerações tradicionalmente e trouxe diversos problemas físicos e psicológicos. Essa prerrogativa vem de costumes de uma sociedade patriarcal, que determina cor, raça, peso, e outras características, impossibilitando a decisão própria da mulher. Logo, é inadmissível que esse cenário perdure durante o século XXI.

(Boa estratégia coesiva) Portanto, dadas as questões anteriormente problematizadas, são necessárias medidas para combater a ditadura da beleza. Por sua vez, o Estado – principal promotor de regularidade social – deve promover programas com o viés educacional, para incentivar desde cedo a decisão de se abster dos padrões de beleza socialmente impostos, tendo como objetivo oferecer à sociedade a livre decisão sobre seus corpos. Por fim, cabe às organizações não governamentais e âmbitos midiáticos – instrumento de ampla abertura - a fiscalização destas políticas e a realização de medidas que as auxiliem, por intermédio de campanhas e publicidade. Assim, a partir dessas determinações, a ditadura expressa na saúde da beleza da mulher seja revertida nas próprias decisões individuais sobre como quer o seu próprio corpo, diferente das relações estabelecidas no filme “Meninas malvadas”. (Proposta completa)