A Constituição federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu artigo 6º, (Sem vírgula) o direito ao trabalho com garantia de igualdade de oportunidades, salário digno e proteção contra desemprego inerente a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática quando se observa a invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher. Diante dessa perspectiva faz-se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse quadro.
Em uma primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater os desafios desse enfrentamento. Nesse sentido, a falta de discussão pública sobre o assunto, como também, (Sem vírgula) o machismo enraizado na sociedade, faz com que muitos homens acreditem que as mulheres são as únicas responsáveis pela tarefa doméstica. Essa conjuntura, segundo as ideias do filósofo contratualista John Locke, configura-se como uma violação do “contrato social”, já que o Estado não cumpre sua função de garantir que essas mulheres desfrutem de direitos indispensáveis, como condições equitativas e satisfatórias de trabalho, o que infelizmente não é evidente nessa parcela populacional.
(Boa estratégia coesiva) Ademais, é fundamental apontar que, por se tratar de um trabalho onde grande parte das atividades é realizado no ambiente doméstico, os quais resultam em jornada dupla, acarretam a sobrecarga feminina e a submissão a esse tipo de trabalho, torna-se invisível aos olhos da sociedade e, por conseguinte desvalorizada. Diante de tal exposto, a ausência de políticas públicas que reconheçam e remunerem essas práticas contribui para a manutenção de desigualdade de gênero e para a perpetuação do ciclo de invisibilidade. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.
(Boa estratégia coesiva) Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, é imprescindível que o Ministério da Mulher em parceria com ONGs de defesa da mulher, por intermédio de propagandas em televisão e em mídias sociais de grande alcance como o Instagram e o Tuíte, realizem campanhas que informem os impactos negativos da sobrecarga feminina e promova reflexões acerca das diferenças de gênero na divisão de tarefas domésticas. Assim, se consolidará uma sociedade mais justa, onde o Estado desempenhe corretamente seu “contrato social”, tal como afirma John Locke. (Proposta completa)
Comentários do corretor
Mantenha os aspectos positivos. Não deixe de exercitar a sua escrita.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 160 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 200 | Nível 5 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 160 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 200 | Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 920 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |