Φτ - Banco de redações

A Constituição federal do Brasil de 1988, que rege todo o ordenamento jurídico brasileiro contemporâneo, afirma que todos são indistinguíveis perante a lei, prevendo a igualdade a todos os cidadãos brasileiros, incluindo nas diversas áreas de trabalho. Entretanto, a invisibilidade do emprego de cuidado realizado pela mulher evidencia que, infelizmente, as ordens constitucionais não são consideradas relevantes, sendo ignoradas e desconhecidas para um elevado número de cidadãos. Com efeito, para solucionar o impasse, há de se combater a omissão estatal e a desigualdade social presentes na hodiernidade. (Formulou a tese)

É imperioso destacar, em primeiro plano, que o imperceptível trabalho de cuidado exercido pela mulher é resultado da natureza estrutural e sistêmica permitida pela negligência estatal perante a esse problema, havendo como exemplos as profundas desigualdades socioeconômicas, a falta de oportunidades à população mais pobre e a ausência ou inadequação das políticas públicas sociais que deveriam ser promovidas pelo Estado. Desse modo, pode-se dizer que se o Estado tivesse desempenhado as suas funções constitucionais adequadamente, o problema não teria ocorrido tão drasticamente.

(Boa estratégia coesiva) Nessa mesma lógica, a filósofa existencialista francesa Simone de Beauvoir, transparece a ideia de que é por meio da dedicação e do esforço reconhecido no trabalho que as mulheres garantirão uma “independência concreta”. Essa independência é necessária, haja vista que as relações de gênero foram construídas com base nas diferenças anatômicas e fisiológicas entre os sexos e reproduzidas ao longo da história pela família, pelos sistemas educacionais e pela mídia, com o reforço da ideologia machista e patriarcal ainda predominante na sociedade. (Truncamento) Apresentando, assim, a ideia de inferioridade feminina baseada no conceito de que a mulher é fraca e submissa ao homem, se sentindo pressionada a se servir como cuidadora. Logo, a invisibilidade da mulher no trabalho se estenderá e, por isso, deve ser intermediada.

(Boa estratégia coesiva) Fica evidente, portanto, que é fundamental a criação de alternativas para amenizar o impasse citado. Para isso, é necessário que o Ministério do Trabalho e Emprego amplie as fiscalizações do trabalho, especialmente nos locais onde as mulheres são mais exploradas, como asilos e creches, e busque planejamentos mais estratégicos para conter o problema, por meio da realização de investimentos mais objetivos. Além disso, cabe ao Ministério da Educação investir no aprimoramento da aplicação da prática contínua do conhecimento para todos, para promover uma relevância elevada sobre o problema, por meio de vídeos e debates com especialistas na área. Assim, o quesito será intermediado no século XXI. (Proposta completa)