Valorização do lar - Banco de redações

Sob a perspectiva filosófica de São Tomás de Aquino, todos os indivíduos de uma sociedade democrática possuem a mesma importância, além dos mesmos direitos e deveres. No entanto, percebe-se que, no Brasil, as damas brasileiras compõem um grupo altamente desfavorecido no tocante à escassa visibilidade do trabalho de cuidado, visto que o país enfrenta uma série de desafios para atender essa demanda. Nesse contexto, os desafios para superar a invisibilzação do trabalho de cuidado assumido pelas mulheres ocorre por vários fatores, seja pela inobservância estatal, seja pela lacuna educacional. (Formulou a tese)

Nesse cenário, é válido destacar a débil ação do Estado frente a não valorização do trabalho de cuidado no Brasil. Isso acontece, porque, consoante o filósofo inglês Thomas Hobbes, é dever do Estado proporcionar meios que auxiliem no progresso de toda coletividade. Todavia, esse conceito encontra-se deturpado no país, já que as autoridades competentes possuem um papel inerente ao ofertar medidas eficazes que visem garantir a visibilidade feminina em serviço de assistência, haja vista a distribuição de bolsas financeiras, de modo que tais cidadãos não gozem de direitos imprescindíveis previsto na Constituição federal de 1988, como o direito à igualdade.

(Boa estratégia coesiva) Ademais, é notório apontar como a educação brasileira potencializa essa adversidade. Para entender tal apontamento, é justo relembrar a obra “Pedagogia da Autonomia”, do renomado educador brasileiro Paulo Freire, enquanto ela destaca a importância das escolas em fomentar não só o conhecimento técnico-científico, mas também habilidades socioemocionais como respeito e empatia. Entretanto, a maioria das instituições de ensino brasileiras, uma vez que são conteudistas, não buscam alternativas para combater a invisibilização do trabalho de cuidado exercido pelas mulheres, aumentando a discriminação de gênero, portanto, não formam indivíduos como Freire idealizou.

(Boa estratégia coesiva) Em suma, é essencial mitigar os desafios supracitados que são motivados pela passividade estatal e pela falha educacional. Urge que o governo federal, em sua função de promotor do bem-estar social, crie programas governamentais de assistência financeira destinados ao público feminino que realiza atividades de cuidado no Brasil, a exemplo de distribuição de bolsas remuneradas, por meio de elaboração e aplicação de leis, a fim de garantir a visibilidade e a valorização feminina. Outrossim, o Ministério da Educação deve, por meio de debates, informar não só a comunidade escolar, como também todos os 5.570 municípios brasileiros sobre a importância do trabalho de cuidado protagonizado por mulheres na sociedade brasileira (Vírgula) a fim de excluir a visão estigmatizada e diminuir a indivisibilidade do público feminino, vistos como membros inferiores no território brasileiro. Feito isso, o ideal apresentado por São Tomás de Aquino será, de fato, uma realidade no país. (Proposta completa)