A escola literária do Determinismo começou no século XIX, a qual defendia que o gênero, a etnia e a classe social determinavam o comportamento dos indivíduos. Nesse sentido, o sexo feminino foi abordado como inferior, a feminilidade faria com que meninas devessem cuidar do lar e respeitar os homens da sua família, independentemente das suas vontades. Analogamente a essa corrente literária, o Brasil, mesmo no século XXI, sobre com desafios para o enfrentamento do trabalho de cuidado realizado pela mulher. Sob esse viés, faz-se pertinente discutir acerca dessa problemática, suas causas, como a questão socioestrutural, e também suas consequências, como a continuidade da misoginia. (Formulou a tese)
De início, destaca-se, nesse tema, a estrutura social brasileira. Isso acontece porque deixar os serviços de casa - como exemplo as tarefas domésticas e cuidar de filhos e/ou familiares- responsáveis pelo sexo feminino é uma prática que está no país desde séculos atrás. Como prova, há os relatos durante o Brasil Colônia, o qual somente homens eram permitidos em cargos públicos, deixando suas esposas e filhas no lar, demonstrando o machismo dessa época. Dessa forma, mesmo com mudanças legais, as mulheres ainda não possuem as mesmas oportunidade que o sexo masculino, haja vista que ainda é recorrente a divisão entre: “coisas de homem e coisas de mulher”. Diante desse cenário, acontece a dupla jornada de trabalho feminina, a qual trabalha fora e também no lar, resultando na sobrecarga desse grupo. Sob essa ótica, nota-se que a maioria dos cargos políticos são constituídos por homens, demonstrando que, por estes já serem beneficiados a séculos, não trazem mudanças bruscas, ou seja, replica-se esse comportamento que é persistente no país. Sendo assim, a população feminina continuará sofrendo com essa discrepância instituída no imaginário de grande parte dos cidadãos. Em suma, é notório que a estrutura social brasileira contribui para que os desafios acerca do trabalho de cuidado realizado pelo público feminino não seja solucionado no Brasil.
(Boa estratégia coesiva) Ademais, infere-se, como consequência, nesse problema, o aumento de comportamentos misóginos. Isso ocorre devido a como a sociedade trata as mulheres, considerando-as, muitas vezes, como inferiores por serem do “sexo frágil”. Desse modo, é normalizado que gêneros diferentes possuam aptidões diferentes, repetindo o padrão normalizado na sociedade, deixando as meninas cuidando de lares e os meninos construindo carreiras. Para ilustrar esse comportamento, há a pesquisa do IBGE (Desenvolva a sigla), mostrando que a média de horas semanais dedicadas a afazeres domésticos e/ou cuidados de familiares por sexo possui mais de 10 horas de discrepância, demonstrando que o público feminino possui mais responsabilidade. Conforme ocorre essa divisão, o país sofre com o aumento de discursos menosprezando as mulheres, uma vez que não é possível ofertar as mesmas condições para competirem tanto no meio acadêmico, quanto no meio laboral. Em outras palavras, é perceptível a continuidade desse comportamento, pois há a justificativa machista - que é defendida por grande parte da população, independentemente do gênero-, acentuando a discriminação. Em síntese, nota-se como as ideias e ações de teor machistas são problemáticas para a consolidação de papéis tradicionais de gênero, acentuando a discriminação.
(Boa estratégia coesiva) Fica claro, portanto, que a questão socioestrutural contribui para a continuidade dos desafios para o enfrentamento do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil, resultando no aumento da misoginia. Logo, cabe ao Ministério da Educação, órgão responsável pela grade curricular brasileira e por difundir certas culturas, por meio da disponibilidade de verbas e de palestras, demonstrar que homens e mulheres devem possuir as mesmas condições, dividindo as tarefas nos lares e nas empresas. Dessa maneira, fazendo com que seja possível, como finalidade, que o gênero feminino não fique sobrecarregado e preso a estereótipos que seguem a séculos esse público. (Proposta completa)
Comentários do corretor
Lembre-se: há um limite de 30 linhas para desenvolver as discussõoes. Mantenha os aspectos positivos. Não deixe de exercitar a sua escrita.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 200 | Nível 5 - Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizem reincidência. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 160 | Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 160 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 200 | Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 920 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |
Iara - Correção por Inteligência Artificial
Competência | Nota | Observações |
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Competência 1 | 40 | Demonstra domínio precário da modalidade escrita formal da língua portuguesa, de forma sistemática, com diversificados e frequentes desvios gramaticais, de escolha de registro e de convenções da escrita. |
Competência 2 | 80 | Desenvolve o tema recorrendo à cópia de trechos dos textos motivadores ou apresenta domínio insuficiente do texto dissertativo-argumentativo, não atendendo à estrutura com proposição, argumentação e conclusão. |
Competência 3 | 80 | Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, mas desorganizados ou contraditórios e limitados aos argumentos dos textos motivadores, em defesa de um ponto de vista. |
Competência 4 | 40 | Articula as partes do texto de forma precária. |
Competência 5 | 80 | Elabora, de forma insuficiente, proposta de intervenção relacionada ao tema, ou não articulada com a discussão desenvolvida no texto. |
Nota final | 320 | Apesar de alguns acertos, a redação apresenta falhas significativas que prejudicam a compreensão do texto. É preciso dedicar mais atenção à coesão e coerência, além de aprimorar a argumentação. |