Nos tempos de escravidão, a opressão não se restringia apenas ao viés racial, mas também se estendia ao gênero, exemplificada pelas amas de leite, incumbidas de amamentar os filhos dos senhores. Infelizmente, a ideia de que a mulher deve se restringir aos espaços domésticos persiste na mentalidade brasileira contemporânea. A falta de reconhecimento das atividades de cuidado e a dificuldade em conciliá-las com o trabalho corporativo, aliadas à crescente demanda por assistência médica populacional e familiar, tornam esse esforço invisível e oneroso para as mulheres. (Formulou a tese)
A partir das lutas pelos direitos femininos, a exclusão das barreiras de gênero em setores em ascensão, como o mercado de trabalho, representou conquistas significativas. No entanto, além das regulamentações de carga horária, persiste uma média de horas dedicadas a afazeres domésticos não remunerados. Nesse contexto, a atribuição da mulher ao trabalho, juntamente com suas responsabilidades domésticas consideradas obrigatórias para o seu gênero, caracteriza uma condição excessiva.
(Boa estratégia coesiva) Similarmente ao trabalho doméstico, destaca-se a assistência familiar e o aumento na busca por serviços de saúde. O envelhecimento da população, um fenômeno em crescimento, demanda uma rede de apoio abrangente, ainda não completamente implementada nos sistemas governamentais brasileiros. Em resumo, toda essa demanda assistencial recai sobre os cuidados praticados pelas mulheres, impondo-lhes mais uma jornada de trabalho.
(Boa estratégia coesiva) Por fim, é imperativo repensar essa estrutura opressora. Através da educação e conscientização populacional acerca do trabalho feminino, incentivando a divisão equitativa de responsabilidades familiares e promovendo políticas estatais para atender às necessidades de assistência, podemos alcançar uma melhor racionalização desses cuidados. Isso contribuirá para reduzir a jornada excessiva enfrentada pelas mulheres e valorizar o esforço dedicado aos trabalhos de cuidado. (Não apresentou a proposta propriamente dita)
Comentários do corretor
Delimite e explore mais as discussões a longo do desenvolvimento. Mantenha os aspectos positivos. Boa sorte!
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 160 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 160 | Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 160 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 120 | Nível 3 - Elabora, de forma mediana, proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 800 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |