A tragédia do Realengo ocorrida no dia 7 de abril deste ano, quando Wellington de Oliveira de 23 anos, entrou em uma escola municipal e matou 12 estudantes, suscitou discussões relacionadas ao bullying, às doenças mentais, à educação e à segurança nas escolas. Os debates concernentes ao tema da segurança reacenderam com a morte do estudante Felipe Paiva, na quarta-feira dia 18 de maio, dentro do campus da Universidade de São Paulo (USP). Afinal, o que fazer para melhorar a segurança nas escolas?
Em Brasília, no mesmo dia 18, este assunto foi debatido na Comissão de Direitos Humanos do Senado. Representantes de diversas instituições ligadas à educação avaliaram o tema e concluíram que o combate à violência nas escolas requer medidas que vão além do aumento da segurança nas instituições de ensino, sendo uma das medidas a integração da comunidade à rotina escolar.
Na verdade, a segurança nas escolas é somente uma pecinha num grande quebra-cabeça, que é a segurança pública no Brasil. Na última década este assunto adquiriu uma enorme visibilidade pública. Trata-se de um desafio multi-disciplinar e extremamente complexo, porque suas causas coincidem com as próprias causas da verdadeira pobreza do Brasil – a tremenda desigualdade na distribuição da renda e um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) inferior à média da América Latina, resultado de políticas deficientes de saúde e educação. A adição de um policial na porta das escolas, a introdução de câmeras e detetores de metal ou outras formas tecnologicamente sofisticadas de acesso são soluções paliativas, custosas, e não evitarão tragédias semelhantes às de Realengo ou da USP.
É preciso de uma vez por todas, que fique claro para os brasileiros de que não existe uma solução mágica. Precisamos de um compromisso de parceria entre órgãos do poder público e sociedade civil (todos nós), bem como de políticas governamentais de respeito aos direitos humanos, capacitação dos educadores, educação para a cidadania, policiamento comunitário e justiça efetiva e em tempo real, que visem à segurança e qualidade de vida dos cidadãos brasileiros. Afinal, até quando a população terá que se encarcerar mais e mais enquanto os criminosos estão à solta, circulando livremente? O povo brasileiro precisa deixar este estado letárgico de espera (por uma atitude do governo) e efetivamente entrar em ação, como uma comunidade saudável, e deixar de viver com medo.
Comentários do corretor
CUIDADO COM O EXCESSO DE VÍRGULA
CONTEXTUALIZE
REVISE AS REGRAS PARA SE USAR A CRASE
REVISE AS REGRAS DE USO DE HIFEN
SITUE MELHOR O LEITOR
Procure deixar suas ideias mais claras. Contextualize-as de maneira que se complementem. Seja mais crítico. Leia sempre.
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Conteúdo | Avalia se o texto corresponde às expectativas geradas pela proposta do tema. Assim como no vestibular, aqui a redação que fugir ao tema proposto será anulada | 1 |
Estrutura do texto | Avalia se o usuário consegue fazer uma boa utilização dos parágrafos e dos demais recursos de construção de texto | 1.5 |
Estrutura de ideias | Avalia se o usuário consegue organizar seu pensamento de forma a defender seu ponto de vista e permitir ao leitor a compreensão de seu texto | 1 |
Vocabulário | Avalia se o usuário consegue evitar a repetição de palavras durante o texto e compreendê-las, utilizando-as corretamente no que tange ao seu significado | 1.5 |
Gramática e ortografia | Avalia se o usuário escreve de acordo com as normas ortográficas vigentes no país. | 1.5 |
NOTA FINAL: | 6.5 |
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