Dependentes químicos: desafios para o tratamento adequado no Brasil - altf - Banco de redações

Na obra "Bicho de sete cabeças", Neto é internado contra sua vontade por sua família pelo uso de maconha, o qual fora incentivado pelos amigos, e passa a ter que enfrentar os abusos psicológicos e físicos do manicômio. Fora da ficção, a relação nociva de dependência entre os indivíduos e as drogas vem crescendo, elucidando alguns dos desafios para o tratamento adequado de dependentes químicos no Brasil, tais como a exacerbada porção de propagandas de substâncias lícitas nas mídias e a persistência dos tratamentos primitivos dos vícios (Muito bem. Apresentou a tese). Desse modo, para que essa adversidade seja dominada, é necessário que as barreiras em questão sejam destruídas.

Convém constatar, a princípio, que as mídias agem de modo a incentivar o consumo de substâncias lícitas, como o cigarro e o álcool. No Estado Novo ou mesmo na consolidação do sistema capitalista, os canais midiáticos exerceram demasiada influência na adoção de ideologias pela massa popular por meio de propagandas que vangloriavam o comportamento desejado. Com efeito, seja como forma de socialização, de lazer ou ainda de fugir da realidade opressora, é inegável que a quantidade absurda de comerciais promovendo o uso de drogas têm êxito, tornando as pessoas vítimas e possíveis submissos à substância (Melhore a apresentação dessa discussão). Logo, os meios de comunicação atuam como portas de entrada para a dependência química, e, consequentemente, como barreiras para o tratamento desta, já que a divulgação dos centros de tratamento é irrisória.

(Boa estratégia coesiva) Ademais, é válido ressaltar que parte das técnicas de tratamento da dependência química são arcaicas e desumanizam os pacientes. Segundo dados divulgados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em comparação com o ano de 2020, em 2021 houve aumento de 12% nos atendimentos a pessoas com distúrbios por causa do uso de drogas lícitas e ilícitas. Nesse sentido, o crescimento pode ser atrelado ao método de tratamento generalizado, repressivo e de afastamento social, o qual censura o tratamento didático, individual e que visa a reintegração dos pacientes ao corpo social, que ainda perdura, mesmo que minoritariamente, no Brasil, e que resulta na ineficácia ou mesmo na não adesão e procura de ajuda pelos pacientes. Dessa forma, é primordial que haja manutenção e disseminação dos tratamentos do vício químico.

(Boa estratégia coesiva) Portanto, é imprescindível que atitudes sejam tomadas para mudar esse cenário deplorável. Assim sendo, o Ministério da Educação, em conjunto com o Ministério da Saúde, por meio de pesquisas objetivas sobre o público alvo, pacientes e ex-pacientes, e de direcionamento de verbas, deve criar propagandas, as quais deverão ser divulgadas nos canais midiádicos, que visem a elucidação dos prejuízos ocasionados pelo uso, passivo e ativo, das drogas, sejam elas legais ou não, bem como desestimulá-lo, propor palestras anti-drogas antidrogas anuais em escolas, dando visibilidade ao assunto, e focar no aprimoramento de tecnologias, na capacitação de profissionais e centros de saúde especializados para a reabilitação dos pacientes, a fim de que a população reconheça os efeitos nocivos do uso de substâncias químicas e que intervenções efetivas estejam disponíveis. Com isso, os desafios para o tratamento adequado dos dependentes químicos no Brasil serão superados, e a situação vivenciada por Neto permanecerá somente na ficção. (Muito bem. Apresentou todos os elementos da proposta de intervenção)