De acordo com a teoria da Seleção Natural proposta por Charles Darwin, os organismos mais adaptados ao meio ambiente são frutos do processo de evolução. Porém, mesmo que nós sejamos de uma mesma espécie, existe uma grande dificuldade em conviver com quem é diferente de forma social. Nesse viés, pessoas com gênero neutro são privados de serem tratadas de acordo com sua identificação de gênero, não só devido à linguagem sexista utilizada como norma padrão, como também à ignorância social frente ao reconhecimento de uma nova linguagem. (Muito bem. Formulou a tese)
A princípio, a flexão de gênero utilizada na língua portuguesa classifica as pessoas com duas possibilidades de sexo: sexo masculino ou sexo feminino. Essa linguagem que faz referência ao atributo de um indivíduo difama grupos não-binários. De acordo com a filósofa contemporânea Judith Butler, as palavras têm o poder de agir ao falar-se de performatividade. Ou seja, a linguagem funciona como uma forma de ação social (Explore essa discussão com mais produtividade), e excluir a existência de grupos identificados como neutro nela, (Sem vírgula) não faz jus ao nome de uma sociedade, como o Brasil, ser chamado de democrático.
(Boa estratégia coesiva) Ademais, o fato de grande parte da população não saber da existência de outra possibilidade de gênero fomenta a repulsa de uma possível adequação na língua culta. Nesse cenário, a série "Sex Education", (Sem vírgula) aborda, na 3ª temporada, a estudante Cal, uma pessoa que não se identifica com o gênero binário, que, nessa situação, encontra problemas no ambiente escolar, como por exemplo nas regras de utilizar uniformes só para garotos ou só para garotas. Dessa maneira, é evidente como a ignorância entrava pessoas não-binárias de manisfestar sua identidade de várias maneiras. (Explore o argumento com mais produtividade)
(Boa estratégia coesiva) Destarte, urge ação interventiva para a inclusão de todos na sociedade. Para que isso ocorra, é necessário que o Ministério da Educação integre uma atualização na linguagem portuguesa – a qual será realizada pela Academia Brasileira de Letras – que definem os indivíduos não-binários. Isso será realizado por meio da aplicação dessa norma na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) nas escolas, a fim de aplacar a discriminação social, como também de promover debates sobre o movimento LGBTQIA+ (Desenvolva a sigla), grupo no qual o gênero neutro está incluído. (Muito bem. Apresentou todos os elementos da proposta de intervenção)
Comentários do corretor
As discussões são pertinentes, no entanto precisam ser mais exploradas. Não deixe de exercitar a sua escrita.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 160 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 200 | Nível 5 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 160 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 200 | Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 920 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |