A discussão sobre linguagem neutra é um tema que tem ganhado destaque no debate público (Melhore a construção dessa ideia). Embora o assunto proponha uma implementação que, à primeira vista (Vírgula) aparenta ser sutil e despretensiosa, na verdade, trata-se de uma imposição cultural e ideológica de uma pequena parcela da sociedade. Essa parcela, por meio de ativismo, acha-se no direito de alterar a norma culta da língua portuguesa, que por si só já é complexa, para satisfazerem suas vontades e impor sua visão de mundo. (Formule a tese)
De início, quando se aceita uma linguagem nova, a sociedade também aceita a cultura que advém dela. Diferentemente da gíria, que é necessariamente idiossincrática e não necessariamente de caráter obrigatório a outros grupos, a linguagem neutra traz com ela o potencial de modificar aspectos de uma sociedade (Essa discussão precisa ser explorada com mais produtividade). Logo, esse mecanismo tem o condão para ditar as regras que os ativistas ideológicos querem implementar, ignorando toda a cultura social vigente.
(Boa estratégia coesiva) Ademais, alterações como "obrigade", ao invés de obrigado; "menine" substituindo o termo menino e "todes" no lugar de todos, é de se causar estranheza. Nesse sentido, cabe destacar ainda os obstáculos de adaptação de determinadas pessoas que possuem dificuldades com a leitura, a exemplo dos deficientes visuais, ao se utilizar em determinadas palavras o "x" ou o "@" (arroba). De todo modo, não haveria óbice se tais alterações surgissem como consequência da modificação natural da sociedade, influenciada pela vontade da maioria, e não por imposição de apenas alguns setores sociais (Melhore a apresentação dessa discussão). É inimaginável, por exemplo, que os skatistas, surfistas ou qualquer outro grupo avance com as mesmas pautas, com o argumento de que não se sentem representados com a língua oficial do país. Seria um caos.
(Boa estratégia coesiva) Por fim, a língua é um dos maiores patrimônios de uma sociedade, a qual a identifica como um povo. O Estado não deve ceder aos caprichos de um determinado grupo a fim de impor mudanças que são contrárias à opinião da maioria da população. Portanto, deve-se respeitar sem preconceito a utilização desses dialetos no ambiente desses grupos, mas que isso não seja uma forma de imposição ao restante da sociedade a fim de se atingir uma alteração cultural forçosa. (Apresente os elementos da proposta de intervenção)
Comentários do corretor
As discussões precisam ser exploradas com mais produtividade. Mantenha os aspectos positivos. Não deixe de exercitar a sua escrita.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 160 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 120 | Nível 3 - Desenvolve o tema por meio de argumentação previsível e apresenta domínio mediano do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 120 | Nível 3 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 80 | Nível 2 - Elabora, de forma insuficiente, proposta de intervenção relacionada ao tema, ou não articulada com a discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 680 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |