As barreiras da inclusão - Banco de redações

Na série “Atypical”, da Netflix, Sam é um adolescente portador do espectro autista que busca independência e não deixa que sua deficiência atrapalhe sua rotina, mesmo com dificuldades. Fora da ficção, parte do corpo social brasileiro inserido no espectro não possui as mesmas oportunidades inclusivas e educacionais como o personagem, sofrendo diariamente o estigma associado à sua condição. Essa situação degradante tem como origem o menosprezo social, que aumenta os desafios de inclusão. Assim, aprofundam essa vicissitude não só a negligência estatal, como também a desinformação social, que gera preconceito. (Muito bem. Contextualizou o tema e formulou a tese) 

(Reveja a estratégia coesiva) Torna-se evidente, dessa forma, que a omissão do sistema estatal alicerça as barreiras para a inclusão de pessoas autistas. Isso ocorre porque as políticas públicas direcionadas a este corpo ainda são ineficientes, limitando recursos, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), a valores ínfimos que impossibilitam a família e o portador do espectro a lidar com os gastos, fazendo com que estes sejam excluídos socialmente. Essa situação encontra exemplificação na situação de Marisa Padilha, que possui um filho com grau severo de autismo, cujo, segundo o site de notícias G1, não possui condições de pagar um tratamento adequado, mantendo seu filho acorrentado em casa, demonstrando como o abandono do Estado potencializa a exclusão. (Delimite as discussões)

(Boa estratégia coesiva) Além disso, observa-se como a desinformação social solidifica preconceitos e dificulta a inclusão. Essa situação surge da negligência da educação brasileira diante do autismo, que adota um viés tradicional e limita o ensino a tabus, que estereotipam os que portam o espectro. Desse modo, a população não possui conhecimento e habilidade para lidar com o deficiente e compreendê-lo. Essa análise é ratificada pelo ensaio “Pedagogia do Oprimido”, de Paulo Freire, o qual critica o conteudismo escolar, que oprime o sujeito e nubla a percepção de entraves sociais, a exemplo dos autistas que são menosprezados pela falta de conhecimento populacional. (Melhore a apresentação da discussão)

(Boa estratégia coesiva) Mediante ao exposto, percebe-se como os desafios para inclusão do autista se aprofundam no menosprezo social. Para combater isso, é necessário que o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humano, aliado ao Ministério da Saúde, invista em benefícios como o BPC, com a finalidade de auxiliar efetivamente no tratamento do deficiente (Muito bem. Apresentou agente, ação e finalidade). Ademais, ainda nesse mesmo plano, o Ministério da Educação deve alterar a Base Nacional Comum Curricular, com o intuito de informar a população sobre o autismo para combater preconceitos e promover inclusão. Dessa forma, mais privilegiados como Sam, as pessoas portadoras do espectro autista serão realmente integradas à sociedade brasileira. (A proposta de intervenção está incompleta)