Crimes de ódio - Banco de redações

A internet está intrinsecamente ligada ao homem moderno. Dessa forma, escolhas pessoais à até mesmo decisões políticas perpassam por essa ferramenta. Assim, as redes sociais surgem não só como palco de grandes mobilizações, mas também auxiliam no cumprimento da liberdade de expressão entre seus usuários. Entretanto, à medida que os discursos de ódio são reproduzidos no plano virtual, tal meio deixa de atuar como fonte de conhecimento para se tornar um espaço prévio de ameaça aos direitos humanos e, portanto, ao convívio em sociedade. 

Sob esse viés, ao configurar o aumento significativo de denúncias aos discursos de ódio entre 7 e 28 de outubro de 2018, período entre o primeiro e segundo turno das eleições presidenciais, a ONG SaferNet corrobora um cenário atrelado a polarização política. Desse modo, diante de campanhas cada vez mais ligadas à internet, a disseminação de notícias falsas permitiu a reprodução de intolerâncias, e em alguns casos, proferidas pelos próprios líderes políticos. Bom exemplo disso remete-se ao pensamento conservador e, (Semvírgula) que, (Sem virgula) resulta em afirmações de cunho homofóbico e sexista por parte do presidente Jair Bolsonaro.(Reestruture as discussões. Delimite e articule mais os argumentos)

Paralelo a isso, outro desafio atrelado aos crimes de ódio remete-se ao controle de dados por meio dos algoritmos, isto porque a partir do momento que se fornece apenas informações consoantes ao pensamento do usuário, e este comete intolerâncias, contextos velados de ofensas ligados ao gênero, etnia ou religião são gradualmente normalizados. Tal conjuntura ainda é intensificada pela impunibilidade de tais ações, uma vez que além do difícil rastreio das postagens em anonimato, muitas vítimas decidem não denunciar os crimes devido à falta de incentivo ou por simplesmente não atribuir a devida importância a ocorrência dessas ocorrências, dado em conta o cenário de ofensas cada vez mais constante tanto dentro, quanto fora da internet. (Relacione mais a ideia de "discurso de ódio nas redes sociais")

Em síntese, urge uma ação colaborativa entre o Estado e a sociedade (Vírgula) a fim de permitir o uso consciente das redes sócias sociais. Para isso, a Secretaria dos Direitos Humanos deve ampliar, por meio de campanhas televisas, centrais ou disques denúncias contra os crimes cibernéticos (Vírgula) a fim de que ocorra a punibilidade dessas situações. Soma-se a isso, (Sem vírgula)  a ação do Ministério da Educação na efetivação da lei existente contra os crimes resultantes de discriminações em ambientes escolares, com o auxílio de palestrantes e aulas interativas, a fim de que se evite desde já a propagação de intolerâncias. Poder-se-á, então, permitir com que as redes sociais sejam utilizadas somente para garantir os direitos consagrados na Carta Magna.