Discurso de ódio, uma problemática social - Banco de redações

Segundo o escritor e filósofo contemporâneo Umberto Eco (Dois pontos) “a internet deu voz aos ignorantes”. Essa afirmativa introduz negativas existentes em redes sociais, tais como: cyberbullyng, xenofobia, racismo e outros. Dessa maneira, esses problemas concretizam um cenário conflituoso em sociedade por inflamarem discursos de ódio e, consequentemente, perpetuar desequilíbrios na socialização entre pessoas. Tal relação pode ser respondida pela ausência qualitativa de instituições sociais defendidas pelo sociólogo Emile Durkheim e ação normativa de leis que façam seguridade e proteção a quem foi vítima dessa realidade.

Nesse contexto, percebe-se uma demanda social problematizada pela falta de identidade, ou seja, há uma carência na construção ética e de valores pelas quais transformem um cidadão em alguém cuja alteridade perpetuaria ações de empatia e respeito. Sendo assim, há um público, por exemplo, que dissemina comentários racistas na internet, expõe frases preconceituosas sobre alguma cultura, busca negativizar temas envolvendo homossexualismo, direitos das mulheres ou cotas para negros nas universidades.

Logo, essas relações de ódio nas redes sociais fundamentam-se numa formação de instituições sociais desestruturadas – escolas e ensino precários, famílias abaixo da linha da pobreza e envolvidas com drogas, poder judiciário favorável apenas à demanda elitista. Então, constata-se uma oposição às instituições defendidas por Durkheim as quais construiriam, se fossem organizadas e qualitativas, seres humanos éticos frente uma cidadania de responsabilidade para com suas ações. (Articule mais as ideias apresentadas)

Por conseguinte, nota-se a carência de leis para assegurar proteção às vítimas diante dessa violência. Configurando isenção por parte das gestões governamentais em garantir segurança. E, embora a Lei N° 12.965/14 – chamada de Marco Civil da Internet (Vírgula) garanta investigação e possíveis penalidades aquém formalizou ações racistas, homofóbicas e outras injurias, esta não colabora de forma efetiva diante do problema atual. Por isso, vale ressaltar a necessidade de reformas legislativas e ações judiciais sérias e comprometidas. (Articule mais as ideias apresentadas)

Com base nessas considerações, é crucial discutir o impasse do discurso de ódio nas redes sociais, pois revela uma sociedade em desequilíbrio político, social e educacional. Todavia, resoluções são imprescindíveis para resolver o conflito. O Ministério da Educação pode fazer parceria junto ao Ministério da Justiça para desenvolverem um centro especializado em educação digital e suas consequências quando usada de forma errada. Nessa esfera, caberia à justiça mediada pelo Poder Judiciário estabelecer revisões das leis existentes contra usuários maléficos, tornando-as rígidas e eficazes. Só assim um país com respeito ético e responsabilidade existirá na construção da democracia. (Reestruture a proposta de intervenção)