Bem dizia Bob Marley: "enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra". Dessa frase se infere que o preconceito está por aí - e não é de hoje. Historicamente, no Brasil, a questão do preconceito racial tem prevalecido, sobretudo sobre negros. O racismo somente amplia a segregação entre os grupos envolvidos, evidenciando o grande abismo que existe entre eles. Nesse sentido, a política de cotas em universidades é necessária para desfazer - ou, pelo menos, compensar - essa injustiça histórica.
Muitos podem até pensar que o aluno cotista de uma faculdade "furou a fila" e passou à frente de outros que obtiveram um desempenho semelhante ou superior a ele, considerando esse fato uma desigualdade. No entanto, não se trata de uma questão de estabelecer igualdades, mas de fazer justiça. [vírgula] Isto é, permitir que grupos historicamente oprimidos e vítimas de exclusão social sejam beneficiados. Logo, é um direito próprio e o aluno cotista não deve se sentir inferior por causa disso.
Percebe-se que essa política - como qualquer outra, aliás - pode apresentar problemas, mas ainda sim a permanência dela se faz necessária. Os estudantes cotistas, por exemplo, podem se acomodar ao considerar que o benefício resolverá tudo e garantirá sua vaga. Isso não é verdade, [vírgula] pois mesmo dentro dessas modalidades de cotas, a concorrência é grande e o empenho precisa ser o mesmo.
Portanto, a política de cotas tem se mostrado um importante instrumento para favorecer a redução do abismo racial. A longo prazo, movimentos e palestras em prol da aceitação do outro e do altruísmo também seriam válidas, visando a [à]redução desse abismo. Desse modo, busca-se obter uma sociedade mais justa.
Comentários do corretor
O texto revela bom domínio da modalidade escrita formal e do tipo dissertativo-argumentativo, além de não apresentar problemas linguísticos. O grande problema é que o foco do tema foi deixado de lado para se falar de cotas. Cuidado com isso!
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 150 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 50 | Nível 2 - Desenvolve o tema recorrendo à cópia de trechos dos textos motivadores ou apresenta domínio insuficiente do texto dissertativo-argumentativo, não atendendo à estrutura com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 150 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 150 | Nível 4 - Articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 150 | Nível 4 - Elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 650 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |