Desinformação histórica ou "memória curta"? - Banco de redações


Desinformação histórica: um problema, mil consequências

Enviada em: 18/05/2016

Status:

Corrigida
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   “As pessoas não serão capazes de olhar para a posteridade, se não tiverem em consideração a experiência de seus antepassados.” O filósofo Edmund Burke disse essa frase há mais de duzentos anos e, mesmo sendo tão antiga, a mesma é digna de ser refletida reflexão até a atualidade.

   Em meio às crises política e econômica que afetam o Brasil, e a um processo de impedimento da governabilidade da chefe do Legislativo Executivo, milhares de pessoas estão expondo suas opiniões, ou, em muitas vezes, apossando-se de opiniões alheias que, em alguns casos, contrapõem até mesmo o ideal de democracia e todos os direitos alcançados pelo povo depois de longas lutas e protestos travados.

   A exemplo disso, noticiários relataram recentemente que grupos de protestantes pró-impeachment pediam a saída da presidente e a volta dos militares ao poder, o que caracterizaria novamente um Regime Militar. Tal ação coloca em debate a questão da desinformação histórica, referindo-se a toda censura, autoritarismo e tortura sofridos pelas vítimas da Ditadura, em uma época que a sociedade perdeu seus direitos de expressão e teve sua liberdade oprimida.

   Porém, outro acontecimento também intriga muitos cidadãos brasileiros. O ex-presidente Fernando Collor de Melo, que teve seu mandato cassado devido ao envolvimento em esquemas de corrupção, após o término do seu período de inelegibilidade foi novamente eleito senador por Alagoas.

    De fato, considerar a “experiência dos antepassados” proposta por Burke na tomada de qualquer decisão, é de suma importância para não repetir os mesmos erros. No entanto, em uma sociedade (em) que parcela da população tem a tradição de optar pelos interesses de si próprio e há predominância da famosa “memória curta”, dificilmente os fatos históricos servirão como experiência e aprendizagem para o futuro.

 

Comentários do corretor


Atenção à concordância verbal, à coerência nas afirmações e à coesão frasal.

O texto aborda o tema proposto de forma crítica e bem desenvolvida. Tome cuidado apenas para não confundir os poderes da União e tornar parte do texto incoerente.

Continue exercitando sua escrita.


Competências avaliadas


Item Nota
Adequação ao Tema Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. 2.0
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. 1.5
Adequação ao Gênero Textual Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. 2.0
Adequação à modalidade padrão da língua Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. 1.5
Coesão e Coerência Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. 1.5
NOTA FINAL: 8.5


Saiba como é feito a classificação da notas
0.0 - Ruim 0.5 - Fraco 1.0 - Bom 1.5 - Muito bom 2.0 - Excelente