História e Libertação - Banco de redações

O desejo por encontrar a origem das coisas e identificar o papel do indivíduo no mundo é uma angústia constante do homem. Dessa necessidade, nascem inúmeros campos de pesquisa e pensamento, os quais possuem por finalidade última a nutrição por conhecimento e compreensão. Entre eles, há a História e tudo o que tange o seu objeto de estudo: o homem e seus feitos. Todavia, o mundo contemporâneo assisti assiste a uma ampla incompreensão e desinteresse do saber histórico por parte da população, o que acarreta em grandes problemas, não só para os leigos no assunto, mas para o progresso da civilização no geral.

Nesse contexto, falta lucidez frente aos acontecimentos vivenciados pelo ser, pois sua atividade crítica carece de bases sólidas, tornando-o influenciável e manipulável. Isso acontece já que a história fornece fundamentos para o entendimento do mundo atual, uma vez que tudo o que acontece é resultado de um processo histórico, inclusive questões universais como a pobreza e a desigualdade*. Assim sendo, a população torna-se uma mera massa de manobra de interesses muito particulares, o que contribui grandemente com a manutenção do sistema como ele é.

Dessa maneira, o homem vive uma farsa, pois, mesmo que um país empunhe a bandeira da democracia, como é o caso do Brasil, seu caráter social revela o contrário. Milhares de pessoas passam fome e não possuem acesso a educação e saúde de qualidade. Além disso, mesmo no âmbito político(,) a população em grande parte não tem uma participação efetivamente democrática, muitos limitam-se apenas ao voto eleitoral. Oras, tal realidade é sinônimo de “voto de cabresto”, como acontecia na época do coronelismo brasileiro.

Frente a essa situação, em que a população carece de conhecimento, não só histórico, mas geral, e que, portanto, apropriam-se e defendem interesses que não visam o bem comum, torna-se evidente o papel libertador do ensino. Para tanto, é necessário repensar o sistema educacional, uma vez que sua maior preocupação é o mercado de trabalho, e não a formação de cidadãos críticos que lutam por um mundo mais justo e humanitário.