- Banco de redações

O orador romano Cícero classifica a história como a mestra da vida. Não é para menos, haja visto vista que(,) conhecendo-se o passado(,) pode-se compreender o presente e projetar o futuro. Entretanto, no Brasil, a atual crise política fez com que percebesse-se perceptível uma situação indigesta: grande parte da população é analfabeta no que toca a à história.

É crível que tal fato seja em grande parte influenciado pelo atual modelo de carga horária das escolas. Estuda-se e valoriza-se muito mais as chamadas ciências exatas em detrimento das humanas como a história, sociologia, filosofia e geografia. Não é a toa que a onda reacionária que acusa a escola de ser doutrinadora tem ganhado força em diversos meios, forçando até mesmo o projeto denominado de Escola Sem Partido.

É nesse cenário, de crescente desinformação histórica que o Brasil, encaixando-se perfeitamente na famosa frase de Edmund Burke, tende a repetir um passado desagradável. Não são poucos os que saíram às ruas para pedir por intervenção militar, ou mesmo, que se regojizaram ao ouvir discursos de deputados  de extrema direita pregando o retrocesso e até mesmo homenageando torturadores na sessão que votava o impeachment da presidente.

Assim sendo, urge que se conscientize a população por meio da história. É necessária pressão em parlamentares, ou mesmo nas unidades escolares, para que seja aumentado o volume de aulas de história dos alunos, principalmente no que toca ao passado brasileiro. Além disso, tornar essas aulas mais interessantes para os alunos, demonstrando as consequências diretas dos atos realizados há muito tempo atrás tende a fazer com que o conhecimento de fato se impregne nos mesmos, fazendo com que a história não seja chata, mas sim viva e(,) ao contrário do que o nome sugere, presente.