A desinformação histórica não é um problema atual. Desde muitos séculos, a história do mundo é contada através de uma perspectiva, relatando a versão adotada por aqueles que a escrevem. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, reportaram à corte as condições de vida da terra descoberta. Escreviam sobre o índio como ser inferior apenas por ignorarem sua cultura. Foi assim por eras. Aqueles que detinham o poder da escrita propagavam sua filosofia. Conforme o tempo passou, a geração seguinte cresceu reconhecendo os feitos “heroicos” do povo português que retirou o Brasil da ignorância e selvageria. Mas por que até hoje ninguém houvera de questionar a história?
Como já dizia Joseph Goebbels*, “uma mentira contada mil vezes se torna verdade”. E a repetição de falsos fatos contados por professores, autores, políticos e etc fizeram com que a verdade fosse deixada de lado para bel prazer, dando lugar a uma ideologia onde o Estado possa ter controle sobre a população. Uma sociedade desinformada (ou informada com falácias) é persuadida por seu governante que a doutrina a segui-lo com antolhos.
Contudo, o problema está longe de ser resolvido. Ao sermos doutrinados com falsas informações, acreditamos que esta é a verdadeira história. No filme Matrix podemos ver claramente isto, quando o personagem NEO descobre que vivia em uma realidade paralela. A descoberta lhe trouxe indignação ao notar que tudo que havia aprendido era mentira. Como na película hollywoodiana, o indivíduo deve ter acesso às duas pílulas, onde você escolhe manter as informações já aprendidas ou abrir a mente a uma nova história verdadeira(,) mas ainda não contada. Esta analogia serve para elucidar a questão da doutrinação ideológica nas escolas brasileiras.
Portanto, medidas são necessárias para resolver este impasse. Para isto, o MEC deverá incluir nos livros didáticos autores de diferentes ideologias para que o aluno possa ter acesso ao conhecimento amplo. Juntamente a escola deverá possuir profissionais que pautem estas atividades e gerenciem essas medidas para que sejam adotadas. Como já dizia Immamuel Kant, “o ser humano é aquilo que a educação faz dele”.
Comentários do corretor
* Ao citar alguém polêmico como Goebbels, é importante demonstrar no texto de quem se trata. Por mais que o que ele tenha dito faça sentido no contexto proposto, é preciso alertar o leitor de quem se trata.
Atenção à pontuação.
Bom texto. Aborda o tema proposto de forma clara, objetiva, coerente, crítica e bem desenvolvida, além de demonstrar domínio da norma padrão.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 2.0 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 9.5 |
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0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |