É evidente a drástica evolução vivenciada pelo homem desde a sua gênese, no entanto, caso a assertiva cultural de que o homem das cavernas puxava sua mulher pelos cabelos for correta, esse comportamento não obteve grande mudança até a idade contemporânea. A atual violência contra a mulher é um fenômeno recorrente na sociedade e é resquício de uma sociedade marcada pelo falocentrismo e pela doutrina de subordinação da mulher pregada pela Igreja.
O machismo é, indubitavelmente, causador das varias agressões físicas as mulheres de hoje e um pensamento remanescente de uma ideologia antiga que menosprezava a mulher política e profissionalmente. Contudo, esse desequilíbrio atualmente é enfrentado com vigor e os direitos femininos constantemente conquistados, como por exemplo, o direito de votar alcançado no Brasil apenas em 1932. É perceptível hoje também a demasiada idealização do corpo feminino perfeito pela sua utilização na mídia, em comerciais de carro, cerveja,etc se como se esse não passasse de mais uma propriedade do homem. Assim, fica clara a influência da cultura na deturpação da imagem da mulher no inconsciente de muitas pessoas.
Para qualquer indivíduo esclarecido, é notável a enorme influência da religião, principalmente da Igreja Católica, na formação de grande parte da estrutura sociocultural da atual civilização. No entanto, nem sempre a obediência e a subserviência cega de alguns cristãos, tão criticada por filósofos como Nietzsche, favoreceu a cultura humana. Isso é notável pelo disseminação de ideias de submissão feminina pela religião por meio da deturpação de contos como o de Adão e Eva, em que essa foi destinada a ser grata por sua existência a partir das costelas de Adão, algo reforçado em várias passagens bíblicas, onde ainda a pintaram como a grande vilã que tirou o homem do paraíso. Assim, é notável que inúmeras injustiças e violências verbais e físicas contra o “sexo frágil” foram consequências da permanência como detentores da lei de certos líderes religiosos que, sedentos por poder, impuseram medo e terror a humanidade.
Levando em consideração erros do passado assumidos e lamentados por muitas pessoas, mostra-se pertinente, a construção de uma nova conduta em relação as diferenças de gênero na mente dos jovens cidadãos, pela família e pela escola, assim como já útil lei Maria da Penha deve ser aplicada com ainda mais rigor. Assim, a sociedade poderá ser capaz de perceber os benefícios da igualdade de gênero ao tornar o meio social um ambiente mais forte e unificado.
Comentários do corretor
O tema proposto pelo Banco de Redações deste mês não é "violência contra a mulher". Atente-se à proposta. No Enem e em vestibulares, a fuga ao tema zera a redação, independente da qualidade do texto.
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 0.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 0.0 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 0.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 0.0 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 0.0 |
NOTA FINAL: | 0 |
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