Porque não liberar o consumo de drogas - Banco de redações


Política sobre drogas no Brasil

Enviada em: 16/09/2015

Status:

Corrigida
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O consumo de drogas não deve ser liberado, pois a procura tenderá a crescer, com o consequente aumento dos problemas já existentes. Além disso, uma vez liberado, será muito difícil proibi-lo novamente caso o resultado não seja o esperado.

Ao consumir entorpecentes, uma pessoa causa danos a si mesmo mesma, o que, por si só, não é crime. Entretanto, sua conduta pode prejudicar pessoas próximas, levar à prática de as altos assaltos para sustentar o vício, e causar despesas ao Estado com tratamento de saúde. Dessa maneira, há prejuízos a outros, não se podendo alegar simplesmente que é uma prerrogativa individual consumir drogas e que ninguém tem o direito de interferir. Deve-se sempre considerar que o direito coletivo prevalece sobre o individual.

Outro problema é que a liberação beneficiaria o tráfico*, pois este poderia criar uma rede de transporte com pessoas carregando apenas a quantidade permitida, o que foi chamado de “exército de formigas” pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot. Esse exército seriam, na realidade, traficantes se passando por simples usuários.

Os defensores da descriminalização alegam que, assim, o usuário não seria mais visto como um criminoso e teria acesso facilitado ao tratamento. Só que para isso não é necessário liberar o consumo. O que se pode fazer é rever o processo penal, aplicando penas alternativas, sem prisão, e com incentivos à busca de tratamento.

Portanto, liberar o consumo não resolverá o problema das drogas, além de gerar consequências imprevisíveis, talvez até piorando a situação atual. É mais seguro manter a proibição como está, alterando apenas os procedimentos judiciais, diferenciando o usuário do traficante. Não é a solução ideal, mas é a mais realista.

Comentários do corretor


* A proposta é de que, caso liberada, haja também uma regulação em relação à venda, ou seja, a venda seria regulamentada pelo Estado, com cobrança de impostos, como ocorre com as drogas lícitas. Pesquise mais sobre o assunto.

Atenção à pontuação, à grafia correta das palavras e à concordância de gênero (masculino e feminino) e de número (singular e plural).

O texto aborda o tema proposto de forma clara, objetiva e crítica, no entanto é possível desenvolver uma argumentação mais abrangente, que denote um maior estudo sobre o assunto.

Continue exercitando sua escrita.


Competências avaliadas


Item Nota
Adequação ao Tema Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. 2.0
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. 1.5
Adequação ao Gênero Textual Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. 2.0
Adequação à modalidade padrão da língua Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. 1.5
Coesão e Coerência Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. 1.5
NOTA FINAL: 8.5


Saiba como é feito a classificação da notas
0.0 - Ruim 0.5 - Fraco 1.0 - Bom 1.5 - Muito bom 2.0 - Excelente