O mês de agosto de 2014 foi marcado pelo fenômeno astronômico dos meteoros Perseidas, o que gerou muito curiosidade por parte da população sobre a sua ocorrência, além de ser uma bela visão para aqueles que cultivam a prática de observar os astros celestes.
O que são os meteoros Perseidas?
As Perseidas, um fenômeno astronômico que corresponde a uma chuva de meteoros – ou chuva de estrelas, no dizer popular –, ocorrem pela nuvem de poeira deixada pelo meteoro Swift-Tuttle. Apesar de não ser o único fenômeno do tipo que ocorre próximo à Terra, é, sem dúvidas, o mais popular, pois é perfeitamente visível a olho nu em várias regiões do planeta.
Em 2014, o fenômeno pôde ser visto de forma mais evidente no hemisfério norte, sobretudo nos países do norte da Europa. No Brasil também foi possível a sua observação nas regiões Norte e Nordeste. É claro que a visibilidade das Perseidas depende de outras condições, como o estado atmosférico (tempo com nebulosidade, obviamente, atrapalha) e outras variáveis. Nesse ano, por exemplo, o evento ocorreu durante a lua cheia, cujo brilho ofuscou parte da chuva de meteoros.
A chuva de meteoros Perseidas, em 2014, teve seu ápice – ou seja, os dias em que foi possível observar mais facilmente os “riscos” traçados pelos cometas no céu – nos dias 11 e 12 de agosto durante a madrugada. As estimativas é de que, no momento de maior intensidade, tenham passado mais de 100 cometas pelo céu noturno.
É claro que essa não é a primeira vez que esse fenômeno ocorre, sendo sua presença nos céus quase que anual. No entanto, nem todos os anos existem condições práticas que permitem a sua observação com clareza. O cometa Swift-Tuttle, com um núcleo estimado em 27 quilômetros de extensão, segundo aponta os estudos astronômicos, orbita em uma região relativamente próxima à da Terra e completa uma volta para cada 11 voltas realizadas pelo planeta Júpiter, o maior do sistema solar.
Imagem da chuva das Perseidas do dia 12 de agosto de 2008 *
Os meteoros Perseidas – que também são chamados de Lágrimas de San Lorenzo – receberam esse nome por tornarem-se visíveis da Terra na posição aparente da constelação de Perseu, sendo mais comum em meados de agosto. Além disso, como já mencionamos, eles não constituem a única chuva de meteoros que ocorre ao longo do ano. Nos meses de maio e outubro, por exemplo, ocorrem outras chuvas de meteoros relacionadas com o cometa Halley, chamadas, respectivamente, de Eta Aquarídeos e Orionídeos.
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* Créditos da imagem: Nick Ares / Wikimedia Commons