Juliana Marton
Decidir pelo curso de Jornalismo foi até fácil, difícil foi ter que enfrentar 3º ano, vestibular e depois entrar na faculdade, literalmente. Mas, vamos por partes. Tudo começou quando eu fazia 1º ano do Ensino Médio. Faladeira demais, viciada em leitura e apaixonada por escrever... Não deu outra, resolvi que seria jornalista. Foi uma decisão até bastante pensada. Nada como aquelas vocações que, mais tarde, alguns colegas narraram já na faculdade, da vontade infantil de seguir tal carreira. Não mudei de opinião desde ali. Continuei firme no meu propósito de fazer Jornalismo e estabeleci um foco: UnB.
Dois anos se passaram e cheguei ao último ano do Ensino Médio, o terceirão para muitos que, como eu, estavam na disputa por uma vaga na Federal de Goiás e em outras universidades espalhadas Brasil afora. Quem diz que não precisa estudar para passar no vestibular está mentindo. Precisa sim! E não digo isso porque tive que ralar demais pra conseguir minha vaga na UFG. Não. Graças a Deus, sempre fui ótima aluna. Mas, seria prepotência da minha parte e de qualquer um que consiga ser um dos selecionados nos exames, dizer que não se aplicou para conseguir estar ali.
Bom, depois de passar um ano estudando e me preparando para o dia fatídico, consegui minha tão sonhada vaga na UFG. Nessa época eu já havia desistido da UnB, por causa de algumas divergências em casa. Nada traumático demais, garanto. Como ótima aluna, faltei ao primeiro dia de aula. Não queria nem sonhar com mais um monte de farinha no meu cabelo. Situação da qual não consegui fugir no dia da matrícula que, para calouros, é presencial.
Na Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia (Facomb), a Semana do Calouro é evento tradicional. Devido a isso, na primeira semana não tive aulas, somente um monte de palestras que, se entediaram a muitos, a mim foram motivo de deslumbre. Costumo dizer que não entrei na faculdade amando o ser e o fazer jornalístico, mas a cada dia de aula, contraditoriamente, há razão para encantamento e também desencantamento com relação à profissão.
Passados os eventos extraordinários, começaram as aulas. Pânico geral tomou conta da maior parte da turma que, recém saída do quadradinho do ensino médio, não sabia ao certo como agir dentro da faculdade. Posso dizer que me adaptei muito bem à nova rotina. Amei as matérias teóricas que arrasaram com todos nós no primeiro semestre do curso e os professores malucos que nem faziam questão de nos ver em sala de aula. Mas, passado o susto inicial começaram as matérias práticas: correr atrás de fontes, escrever notícias, perceber que nenhum de nós sabia escrever e aprender o ofício de fato.
O segundo ano de faculdade correu bem mais leve, apesar da grande quantidade de matérias que cursei durante os dois semestres de 2008. Na UFG, quem monta a grade de disciplinas são os alunos, então dá pra adiantar muitas matérias que estão no fluxo de períodos à frente. Logo no 3º período entrei na Rádio Universitária, que funciona como um laboratório para os alunos de Jornalismo da UFG. Minha passagem por lá durou 1 ano e meio, período durante o qual pude conhecer a verdadeira face do jornalismo diário e ter uma experiência ótima como editora de um jornal.
Com tudo isso, esses três anos de ensino superior passaram muito rápido. Dizem que é por causa do sistema semestral. Vai saber. Acredito que é porque na faculdade você se envolve com muitas coisas. Agora já estou em outra fase, a do estágio. Do ponto de vista jornalístico, a Rádio Universitária talvez tenha me acrescentado muito mais. Mas, a experiência do estágio é interessante porque você entra em contato com o mercado de trabalho de fato. Para quem nunca trabalhou, é super interessante procurar um estágio. Até porque incrementa o seu currículo. E tudo o que os contratantes procuram hoje é conhecimento e experiência. Neste período já começo a cuidar do meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), pois me formo no final do ano.
O que eu quero deixar, é que o Jornalismo é uma área muito ampla... Imagina! Você pode trabalhar em jornais impressos, revistas, rádio, TV, fazer assessoria de imprensa de tudo quanto empresa que existe, etc. Se você já está decidido, então procure fazer cursos de webdesign e coisas da área, como edição de imagem e diagramação, porque isso te põe um passo a frente dos outros dentro da academia (pode te garantir uma boa vaga de estágio e belas indicações dos professores). Outra dica legal é: leia muito e esteja atualizado com o que acontece, não só no mundo, mas na sua cidade. Porque antes de servir a população global, o jornalismo deve satisfazer a sociedade local, ou seja, a sua cidade, ou a minha, no meu caso.
Ah, e quanto a questão do diploma... Sim, foi um absurdo e tudo o mais. Mas, não desista. Porque os melhores jornalistas ainda têm diploma, e as empresas ainda vão continuar contratando quem é formado.
Desejo sorte a quem escolher essa profissão!
¹ Juliana Marton é aluna do 7° período de Comunicação Social – Jornalismo, pela Universidade Federal de Goiás. - texto publicado em fevereiro de 2010.
Dois anos se passaram e cheguei ao último ano do Ensino Médio, o terceirão para muitos que, como eu, estavam na disputa por uma vaga na Federal de Goiás e em outras universidades espalhadas Brasil afora. Quem diz que não precisa estudar para passar no vestibular está mentindo. Precisa sim! E não digo isso porque tive que ralar demais pra conseguir minha vaga na UFG. Não. Graças a Deus, sempre fui ótima aluna. Mas, seria prepotência da minha parte e de qualquer um que consiga ser um dos selecionados nos exames, dizer que não se aplicou para conseguir estar ali.
Bom, depois de passar um ano estudando e me preparando para o dia fatídico, consegui minha tão sonhada vaga na UFG. Nessa época eu já havia desistido da UnB, por causa de algumas divergências em casa. Nada traumático demais, garanto. Como ótima aluna, faltei ao primeiro dia de aula. Não queria nem sonhar com mais um monte de farinha no meu cabelo. Situação da qual não consegui fugir no dia da matrícula que, para calouros, é presencial.
Na Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia (Facomb), a Semana do Calouro é evento tradicional. Devido a isso, na primeira semana não tive aulas, somente um monte de palestras que, se entediaram a muitos, a mim foram motivo de deslumbre. Costumo dizer que não entrei na faculdade amando o ser e o fazer jornalístico, mas a cada dia de aula, contraditoriamente, há razão para encantamento e também desencantamento com relação à profissão.
Passados os eventos extraordinários, começaram as aulas. Pânico geral tomou conta da maior parte da turma que, recém saída do quadradinho do ensino médio, não sabia ao certo como agir dentro da faculdade. Posso dizer que me adaptei muito bem à nova rotina. Amei as matérias teóricas que arrasaram com todos nós no primeiro semestre do curso e os professores malucos que nem faziam questão de nos ver em sala de aula. Mas, passado o susto inicial começaram as matérias práticas: correr atrás de fontes, escrever notícias, perceber que nenhum de nós sabia escrever e aprender o ofício de fato.
O segundo ano de faculdade correu bem mais leve, apesar da grande quantidade de matérias que cursei durante os dois semestres de 2008. Na UFG, quem monta a grade de disciplinas são os alunos, então dá pra adiantar muitas matérias que estão no fluxo de períodos à frente. Logo no 3º período entrei na Rádio Universitária, que funciona como um laboratório para os alunos de Jornalismo da UFG. Minha passagem por lá durou 1 ano e meio, período durante o qual pude conhecer a verdadeira face do jornalismo diário e ter uma experiência ótima como editora de um jornal.
Com tudo isso, esses três anos de ensino superior passaram muito rápido. Dizem que é por causa do sistema semestral. Vai saber. Acredito que é porque na faculdade você se envolve com muitas coisas. Agora já estou em outra fase, a do estágio. Do ponto de vista jornalístico, a Rádio Universitária talvez tenha me acrescentado muito mais. Mas, a experiência do estágio é interessante porque você entra em contato com o mercado de trabalho de fato. Para quem nunca trabalhou, é super interessante procurar um estágio. Até porque incrementa o seu currículo. E tudo o que os contratantes procuram hoje é conhecimento e experiência. Neste período já começo a cuidar do meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), pois me formo no final do ano.
O que eu quero deixar, é que o Jornalismo é uma área muito ampla... Imagina! Você pode trabalhar em jornais impressos, revistas, rádio, TV, fazer assessoria de imprensa de tudo quanto empresa que existe, etc. Se você já está decidido, então procure fazer cursos de webdesign e coisas da área, como edição de imagem e diagramação, porque isso te põe um passo a frente dos outros dentro da academia (pode te garantir uma boa vaga de estágio e belas indicações dos professores). Outra dica legal é: leia muito e esteja atualizado com o que acontece, não só no mundo, mas na sua cidade. Porque antes de servir a população global, o jornalismo deve satisfazer a sociedade local, ou seja, a sua cidade, ou a minha, no meu caso.
Ah, e quanto a questão do diploma... Sim, foi um absurdo e tudo o mais. Mas, não desista. Porque os melhores jornalistas ainda têm diploma, e as empresas ainda vão continuar contratando quem é formado.
Desejo sorte a quem escolher essa profissão!
¹ Juliana Marton é aluna do 7° período de Comunicação Social – Jornalismo, pela Universidade Federal de Goiás. - texto publicado em fevereiro de 2010.