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Usada para propagar informações, verídicas ou não, a imprensa desempenha um papel essencial na sociedade. Chamada por muitos de quarto poder, ela tem a capacidade de provocar renúncias, mudar decisões de governo e, conseqüentemente, influenciar todos os outros setores do Estado.
Um exemplo atual do poder da imprensa é a guerra do Iraque. Pouco se sabia sobre as armas de destruição em massa que o presidente George W. Bush apregoava e citava em seus discursos, mas muito aparecia na imprensa sobre elas. Grande parte dos meios de comunicação americanos apoiou a guerra, e as pesquisas mostram que uma parcela considerável da população também. Se a imprensa tivesse sido mais crítica, o resultado teria sido o mesmo?
No Reino Unido, o primeiro-ministro Gordon Brown (do Partido Trabalhista) assumiu o poder em junho do ano passado, recebendo ótimas críticas por parte da imprensa, que passou a cobrir negativamente seu adversário político, o líder conservador David Cameron e seu partido. A manchete do jornal The Observer, no dia 30 de setembro de 2007, era “Cameron meltdown(...)”*. Ao não convocar uma eleição, Brown provocou a fúria da imprensa que na semana seguinte já mostrava Cameron como futuro premier. Lia-se, uma semana mais tarde, na manchete do mesmo jornal: “Brown em crise”.Atualmente, com a crise econômica, muitos afirmam, inclusive a imprensa estrangeira, que o primeiro-ministro salvou a economia mundial.
Na Itália, o premier atual Silvio Berlusconi é dono de grande parte dos meios de comunicação. Mesmo depois de passar anos no governo e não conseguir realizar reformas importantes para que o país voltasse a crescer, Berlusconi foi eleito com a saída de Romano Prodi. Seria isso possível se ele não detivesse o comando de boa parte da imprensa italiana?
Na França, quando Napoleão retornava de Elba, a imprensa o chamava de monstro, mas quando ficou claro que ele estava próximo de Paris e retomaria o poder, os jornais já diziam que eram “fiéis ao Imperador”.
Hoje o grande barão das comunicações é Rupert Murdoch, que controla a Fox News, a Sky News, os jornais The Sun, The Times, The Wall Street Journal e The New York Post, entre muitos outros. No Reino Unido seu apoio é visto como imprescindível, pois ele controla o maior tablóide britânico (The Sun). Nas eleições de 1992, o The Sun tinha como manchete “Se Neil Kinnock vencer hoje, o último a deixar o país, por favor, apague as luzes”. Muitos, inclusive o então líder Kinnock, responsabilizaram esta manchete pelo resultado da eleição.
No caso das ditaduras, assim que são instauradas, uma das primeiras medidas é a censura da imprensa. Essa ação é sempre adotada porque o quarto poder pode propagar informações que incitem a população a tomar atitudes que levarão à queda do governo. Algumas vezes, líderes adotam medidas para satisfazer parte da mídia que pode garantir a reeleição desses mesmos governantes. Percebe-se então, o porque da imprensa ser tão cortejada por pessoas públicas: pelo simples fato de que ela pode mudar o rumo da história de um país.
*meltdown- derretimento, dissolvimento.
Conheça o perfil de Fernanda Badolati
Veja também:
A responsabilidade da imprensa no caso da menina Isabella
Igreja x Imprensa
Um exemplo atual do poder da imprensa é a guerra do Iraque. Pouco se sabia sobre as armas de destruição em massa que o presidente George W. Bush apregoava e citava em seus discursos, mas muito aparecia na imprensa sobre elas. Grande parte dos meios de comunicação americanos apoiou a guerra, e as pesquisas mostram que uma parcela considerável da população também. Se a imprensa tivesse sido mais crítica, o resultado teria sido o mesmo?
No Reino Unido, o primeiro-ministro Gordon Brown (do Partido Trabalhista) assumiu o poder em junho do ano passado, recebendo ótimas críticas por parte da imprensa, que passou a cobrir negativamente seu adversário político, o líder conservador David Cameron e seu partido. A manchete do jornal The Observer, no dia 30 de setembro de 2007, era “Cameron meltdown(...)”*. Ao não convocar uma eleição, Brown provocou a fúria da imprensa que na semana seguinte já mostrava Cameron como futuro premier. Lia-se, uma semana mais tarde, na manchete do mesmo jornal: “Brown em crise”.Atualmente, com a crise econômica, muitos afirmam, inclusive a imprensa estrangeira, que o primeiro-ministro salvou a economia mundial.
Na Itália, o premier atual Silvio Berlusconi é dono de grande parte dos meios de comunicação. Mesmo depois de passar anos no governo e não conseguir realizar reformas importantes para que o país voltasse a crescer, Berlusconi foi eleito com a saída de Romano Prodi. Seria isso possível se ele não detivesse o comando de boa parte da imprensa italiana?
Na França, quando Napoleão retornava de Elba, a imprensa o chamava de monstro, mas quando ficou claro que ele estava próximo de Paris e retomaria o poder, os jornais já diziam que eram “fiéis ao Imperador”.
Hoje o grande barão das comunicações é Rupert Murdoch, que controla a Fox News, a Sky News, os jornais The Sun, The Times, The Wall Street Journal e The New York Post, entre muitos outros. No Reino Unido seu apoio é visto como imprescindível, pois ele controla o maior tablóide britânico (The Sun). Nas eleições de 1992, o The Sun tinha como manchete “Se Neil Kinnock vencer hoje, o último a deixar o país, por favor, apague as luzes”. Muitos, inclusive o então líder Kinnock, responsabilizaram esta manchete pelo resultado da eleição.
No caso das ditaduras, assim que são instauradas, uma das primeiras medidas é a censura da imprensa. Essa ação é sempre adotada porque o quarto poder pode propagar informações que incitem a população a tomar atitudes que levarão à queda do governo. Algumas vezes, líderes adotam medidas para satisfazer parte da mídia que pode garantir a reeleição desses mesmos governantes. Percebe-se então, o porque da imprensa ser tão cortejada por pessoas públicas: pelo simples fato de que ela pode mudar o rumo da história de um país.
*meltdown- derretimento, dissolvimento.
Conheça o perfil de Fernanda Badolati
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