Nanociência e nanotecnologia: Uma revolução a caminho

A nanociência e a nanotecnologia assinalam uma maneira inusitada de pensar a ciência e a tecnologia. Enquanto a nanociência estuda a matéria em escala nanométrica (daí o prefixo grego “nano”, que significa “excessiva pequenez”), a nanotecnologia lida com a aplicação dessas pesquisas a diversas áreas do conhecimento humano – engenharia, física, química, biologia, eletrônica, medicina, computação. Pelo controle das arquiteturas moleculares, isto é, organizando moléculas e átomos da maneira desejada, pretende-se um aumento prodigioso da qualidade dos objetos e, consequentemente, um notável aperfeiçoamento tecnológico.

A idéia é manipular com precisão os átomos, colocando-os onde quiser. Dentre as aplicações surpreendentes da nanotecnologia, estão os biossensores (chips de silício combinados com enzimas que servem para monitorar a saúde de humanos ou animais, liberando medicamentos na medida certa, quando necessário), os materiais para a regeneração de ossos e tecidos e até os “substitutivos” humanos biomédicos, como materiais magnéticos – nanoímãs – contra o câncer e o HIV.

Os átomos colocados de modo preciso e sem defeitos e impurezas propiciarão uma melhora geral na fabricação dos objetos e, com isso, uma redução do custo de produção e do consumo de energia e matéria-prima, sendo isso aplicável a uma vasta escala de segmentos industriais.

Assim, percebe-se um mercado em desenvolvimento que será bastante útil à sociedade, trazendo vantagens aos mais variados campos de atuação possíveis e, por conseguinte, beneficiando um número elevado de pessoas. Claro que, como ocorre com toda pesquisa científica, surgirão questionamentos no começo (agora, por exemplo, já pergunta-se quanto ao que fazer com a contaminação gerada pelas nanopartículas). No entanto, também é evidente que tal projeto origina benefícios inúmeros e, portanto, deve ser fomentado e explorado ao máximo possível.

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