Diga sim a Vida: Doe

Por Ana Cristina Kerber

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Olá, caros colegas vestibulandos, hoje quero abordar um tema que é importante para melhorar a qualidade de vida e a expectativa de vida de muitas pessoas que estão na fila para a captação de órgãos: a doação de órgãos, sangue e medula óssea.

Sabemos que para ser um potencial doador de órgãos a pessoa deve estar em morte encefálica. “A morte encefálica é caracterizada por uma lesão cerebral irrecuperável e irreversível, devido algum trauma craniano grave, tumor intracraniano ou derrame cerebral, intitulando assim a interrupção definitiva de todas as atividades cerebrais (ABTO, 2007)”. De acordo com os dados estatísticos da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) houve um aumento no número de transplantes de córnea, fígado, medula óssea, ossos e pulmão e uma baixa nos órgãos como coração, valva cardíaca, intestino, pâncreas e rim, no ano de 2006. Sendo que existem na lista de espera aproximadamente 66.019 pessoas aguardando para a realização de transplante, até o ano final de dezembro de 2006 (ABTO, 2007).


Doe órgãos. Doe vida.

Isso mostra que a sociedade de certo modo esta se sensibilizando com a doação, não somente de órgãos, mas de sangue também, nosso bancos estão sempre necessitando de todos os tipos sangüíneos, e você pode estar ajudando ao procurar um hemocentro e certificar-se se pode doar sangue e medula óssea, sendo que a medula é um procedimento simples e indolor que é capaz de ajudar muitas pessoas.

A Medicina e a Enfermagem atuam nas vertentes física, psíquica e social das pessoas, para cuidar eficazmente delas. O cuidado tão específico e continuado à família e o paciente doador de órgãos busca atender às três vertentes descritas. Em decorrência disso, percebe-se a importância de cuidar dessas pessoas em sua globalidade, já que este aspecto fará parte do seu processo de viver.

Avaliando esse assunto, me questiono: o profissional está preparado para trabalhar com o familiar e o paciente em morte encefálica? Como é a relação interpessoal entre a equipe e a família na abordagem para solicitação de consentimento de doador de órgãos? Quais as influências éticas que o profissional da saúde deve seguir para intervir no processo de aceitação da família, frente ao paciente em morte encefálica? Como os familiares lidam com o próprio sentimento diante à morte traumática? O que fazer e como pensar no que é certo ou errado à luz dos princípios éticos? Nossa realidade é complexa e muitas vezes divergente, no qual nossos valores culturais, religiosos, sociais, profissionais e científicos geram incoerência e conflitos. Portanto, devemos ter a intenção de aprendermos mais sobre esta condição conflituosa que a sociedade vive, e buscar contribuir para o alcance do bem estar de outras pessoas que fossem aptas a receber e dar continuidade a sua vida. Todavia, sabemos que isto representa um grande desafio, pois, essas pessoas precisam enfrentar a necessidade de passar por uma perda e ao mesmo tempo ser solidário com o próximo.

Bem, caros amigos... Quero despedir-me e desejar sucesso nessa jornada de estudar para o vestibular, sei o quão difícil isso representa para todos nós, sendo que a Educação deveria ser livre a todos e gratuitamente. Porém, minha hora de iniciar mais uma faculdade esta para começar, pois fui chamada para fazer Medicina, a qual eu almejo muito e dedicar-me-ei tanto quanto me dedico a Enfermagem, duas maravilhosas profissões que acima de tudo preocupam-se com o ser humano.

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