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Em maio de 2007, o então primeiro-ministro britânico Tony Blair anunciou sua retirada do cargo. Como o Reino Unido possui sistema de governo parlamentarista, a renúncia não resultou em eleição nacional mas em eleição no Partido Trabalhista. Sendo assim, Gordon Brown, que havia sido ministro das finanças de Blair desde 1997, foi eleito tornando-se líder do país e do partido.
Em 1992, a morte de John Smith, líder do Partido Trabalhista, levou inicialmente Brown e Blair à disputa pela liderança. Posteriormente, o apoio de Brown a Blair gerou rumores de que um acordo (Granita Deal) fora feito entre eles, de modo que Blair renunciaria em favor do atual premier depois de dois mandatos.
Em 1995, o Partido Conservador liderado por John Major, encontrava-se cercado por escândalos sexuais, com divisões internas, perda da “reputação econômica”, além da alta inflação e do desemprego. Contrastando a isso, o Partido Trabalhista mostrava-se rejuvenescido, com Blair e Brown trabalhando juntos e criando New Labour, o Novo Partido Trabalhista que pretendia conciliar desenvolvimento econômico com progresso social.
Em 1997, o Partido Trabalhista venceu as eleições britânicas, com o apoio de grande parte da imprensa, inclusive do mega-empresário das comunicações Rupert Murdoch. O primeiro mandato foi marcado por diversas reformas, além do acordo de paz com o IRA (grupo revolucionário irlandês); no segundo, Tony Blair prometeu concentrar-se na NHS (serviço de saúde britânico) e na educação, mas os ataques do 11 de setembro o levaram a focar-se na política internacional. Alvo de críticas por sua proximidade com o presidente americano George W. Bush e pela invasão do Iraque, Tony Blair não voltou atrás em sua decisão de apoiar os EUA. A guerra do Iraque e a perda do apoio de parte da imprensa tornaram a terceira vitória mais difícil de ser conquistada: com a participação do ministro das finanças (persuadido a fazer campanha por Blair depois que este admitiu que seria a última eleição que disputaria), o Partido Trabalhista conseguiu um inédito terceiro mandato consecutivo.
Em junho de 2007, Gordon Brown assumiu o principal cargo do governo inglês, prometendo mudanças e, por quase dois meses, os trabalhistas lideraram nas pesquisas. Todavia, ao estimular a especulação sobre a convocação de eleições gerais com o objetivo de desestabilizar ainda mais o Partido Conservador, Brown atraiu para si a descrença dos eleitores britânicos, já que sua popularidade baseava-se em sua seriedade, em seu não-partidarismo e em sua habilidade de tomar decisões rápidas. Os trabalhistas despencaram nas pesquisas e os erros continuaram: a falência do banco Northern Rock, a perda de um CD com dados cadastrais de milhões de contribuintes britânicos, etc.
Hoje, a situação do partido trabalhista é desesperadora. Há rumores de que Brown será forçado a se demitir e outro líder será eleito. Muitos se perguntam em quê sua saída irá afetar o mundo: não se sabe ao certo, mas sabe-se que mesmo com uma renúncia calma e consentida, o mercado britânico pode não reagir bem tornando ainda mais vulnerável a atualmente fragilizada economia inglesa.Por sua persistência e de Blair, os países do G8 perdoaram grande parte da dívida dos países pobres em 2005. Será que seus sucessores terão a mesma preocupação com estes países e com a África?
Conheça o perfil de Fernanda Badolati
Em 1992, a morte de John Smith, líder do Partido Trabalhista, levou inicialmente Brown e Blair à disputa pela liderança. Posteriormente, o apoio de Brown a Blair gerou rumores de que um acordo (Granita Deal) fora feito entre eles, de modo que Blair renunciaria em favor do atual premier depois de dois mandatos.
Em 1995, o Partido Conservador liderado por John Major, encontrava-se cercado por escândalos sexuais, com divisões internas, perda da “reputação econômica”, além da alta inflação e do desemprego. Contrastando a isso, o Partido Trabalhista mostrava-se rejuvenescido, com Blair e Brown trabalhando juntos e criando New Labour, o Novo Partido Trabalhista que pretendia conciliar desenvolvimento econômico com progresso social.
Em 1997, o Partido Trabalhista venceu as eleições britânicas, com o apoio de grande parte da imprensa, inclusive do mega-empresário das comunicações Rupert Murdoch. O primeiro mandato foi marcado por diversas reformas, além do acordo de paz com o IRA (grupo revolucionário irlandês); no segundo, Tony Blair prometeu concentrar-se na NHS (serviço de saúde britânico) e na educação, mas os ataques do 11 de setembro o levaram a focar-se na política internacional. Alvo de críticas por sua proximidade com o presidente americano George W. Bush e pela invasão do Iraque, Tony Blair não voltou atrás em sua decisão de apoiar os EUA. A guerra do Iraque e a perda do apoio de parte da imprensa tornaram a terceira vitória mais difícil de ser conquistada: com a participação do ministro das finanças (persuadido a fazer campanha por Blair depois que este admitiu que seria a última eleição que disputaria), o Partido Trabalhista conseguiu um inédito terceiro mandato consecutivo.
Em junho de 2007, Gordon Brown assumiu o principal cargo do governo inglês, prometendo mudanças e, por quase dois meses, os trabalhistas lideraram nas pesquisas. Todavia, ao estimular a especulação sobre a convocação de eleições gerais com o objetivo de desestabilizar ainda mais o Partido Conservador, Brown atraiu para si a descrença dos eleitores britânicos, já que sua popularidade baseava-se em sua seriedade, em seu não-partidarismo e em sua habilidade de tomar decisões rápidas. Os trabalhistas despencaram nas pesquisas e os erros continuaram: a falência do banco Northern Rock, a perda de um CD com dados cadastrais de milhões de contribuintes britânicos, etc.
Hoje, a situação do partido trabalhista é desesperadora. Há rumores de que Brown será forçado a se demitir e outro líder será eleito. Muitos se perguntam em quê sua saída irá afetar o mundo: não se sabe ao certo, mas sabe-se que mesmo com uma renúncia calma e consentida, o mercado britânico pode não reagir bem tornando ainda mais vulnerável a atualmente fragilizada economia inglesa.Por sua persistência e de Blair, os países do G8 perdoaram grande parte da dívida dos países pobres em 2005. Será que seus sucessores terão a mesma preocupação com estes países e com a África?
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