A diplomacia nos jogos olímpicos

Por Ítalo Augusto Souza de Assis

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A China está organizando, brilhantemente, as Olimpíadas. O investimento recorde desta edição dos jogos resultou em uma excelente estrutura. A cerimônia de abertura, realizada no Ninho do Pássaro no dia 8 de agosto, foi uma “pequena” amostra da imponência do evento.



O ninho: espetáculo chinês com restrições diplomáticas no dia 08



O início oficial da competição se deu de forma esplendorosa. Associando tecnologia à arte, a China descreveu diversos episódios de sua história e tentou distanciar assuntos políticos desta celebração. O clima de festa e paz predominou nas arquibancadas, sem a existência de protestos expressivos.

No entanto, alguns aspectos fizeram-nos lembrar de problemáticas relacionadas a este país. A apresentação, por exemplo, omitiu fatos da história chinesa como a invasão da China Imperial por forças estrangeiras, a perda de Hong Kong, a invasão do Japão nos anos 30, entre outros.

Ficou evidente a divergência diplomática entre os Estados Unidos e o país sede das Olimpíadas. O atleta Lopez Lomong, porta-bandeira americano, refugiado sudanês, é uma figura chave da luta contra a ditadura nesta nação africana e é membro de um grupo que condena a China por dar suporte e vender armas ao governo deste país.

Além deste ápice, a delegação da França, país cujos produtos foram alvo de boicote na China devido a críticas do governo ao regime chinês, foi recebida com indiferença pela população. Não se ouviram vaias... Nem aplausos!

A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos foi um reflexo do clima que ronda Pequim: Ao mesmo tempo, a festa do esporte e o estresse diplomático.


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