MEC será mais rigoroso com o ensino a distância

Em 21/11/2008 17h46 , atualizado em 21/11/2008 17h57 Por Gabriele Pires Alves

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Nascida em instituições públicas, como a Universidade de Brasília (UnB), a graduação a distância vem caindo no gosto dos que almejam cursar uma faculdade. Isso porque a modalidade oferece vantagens financeiras e de tempo em relação aos cursos presenciais. O preço da mensalidade a distância é mais em conta, além de o estudante não ter que gastar diariamente com transporte e comida. O fator temporal se torna importante quando é possível economizar minutos valiosos do dia-a-dia.

Por esses e outro motivos, espera-se que o sistema de ensino a distância cresça 20% ao ano. A edição 2008 do Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância (AbraEAD) realizou pesquisa entre os alunos de cursos de instituições credenciadas pelo Sistema de Ensino e também projetos de instituições como Fundação Bradesco, Fundação Roberto Marinho e Grupo S (Sesi, Senai, Senac, Sebrae). O levantamento apontou que mais de 2,5 milhões de brasileiros estudaram em cursos a distância no ano de 2007.

Mas esse crescimento deve ser monitorado pelos estudantes. O Ministério da Educação (MEC) anunciou a desativação de 1.337 centros de educação a distância no Brasil. A medida surge como forma de conter o avanço desenfreado de instituições que oferecem a modalidade sem condições para tal. O MEC autoriza que 80% das aulas das instituições sejam ministradas a distância, mas é preciso seguir regras como provas presenciais, biblioteca, laboratório, sala de estudos e acesso à internet de 3 alunos por computador.

A graduação a distância soma mais de 300 instituições credenciadas pelo MEC. Na pós-graduação são cerca de 250. Mas, a partir de agora, os interessados em ingressar nesse tipo de ensino devem ficar atentos e realizar pesquisa para identificar se a instituição pretendida é aprovada pelo MEC.

Até segunda ordem, os centros de atendimento onde estudam mais de 60 mil universitários em 1.200 municípios estão proibidos de receber novos alunos. Os atuais estudantes poderão concluir os cursos, mas depois as unidades deverão ser desativadas. O MEC suspendeu os vestibulares ou reduziu as vagas, o objetivo é dar um prazo para as instituições melhorarem, sob pena de serem descredenciadas do órgão.

*Com informações da Associação Nacional das Universidades Particulares.


Por Gabriele Alves